O Global Change Award é conhecido como o Prémio Nobel da moda sustentável. Organizado pela H&M Fondation, uma instituição sem fins lucrativos fundada pelos criadores da marca sueca, vai na sua quinta edição anual. Tem como objetivo destacar ideias que possam tornar a moda mais sustentável — e possíveis de escalar para transformarem toda a indústria deste sector.
Este ano, das 5893 candidaturas de 175 países, os especialistas selecionaram cinco inovações que vão ser premiadas. A Incredible Cotton by GALY, um projeto dos EUA e Brasil que utiliza biotecnologia para a criação de algodão de laboratório vai ganhar 300 mil euros.
O segundo prémio, de 250 mil euros, foi atribuído à Feature Fibre by Werewool (EUA), que pretende criar tecidos a partir de proteína de ADN com cores naturais, elasticidade e outras características.
Os restantes três lugares, que recebem 150 mil euros cada, vão para a Tracing Threads by TextileGenesis (Índia), que localiza fibras sustentáveis através de tecnologia blockchain; Zero Sludge by SeaChange Technologies (EUA), que procedem à separação e limpeza de águas residuais para eliminar resíduos tóxicos de aterros; e Airwear by Fairbrics (França), projeto de conversão de gás de efeito de estufa em poliéster sustentável.
Além desta bolsa repartida, a H&M Foundation também inscreve os vencedores num Programa Acelerador de Inovação, de um ano, com o objetivo de ligá-los com a indústria da moda e fazer acelerar o processo para trazer as suas inovações para o mercado.
“A H&M Foundation apoia a luta contra o coronavírus e, ao mesmo tempo, continua a apoiar empreendedores e inovadores para a sustentabilidade a longo-prazo. Todos os anos fico surpreendido com as ideias submetidas para o Global Change Award. As inovações estão, por si próprias, a desafiar a forma como pensamos sobre moda,” afirma Karl-Johan Persson, membro do conselho da H&M Foundation, em comunicado.