Aos 34 anos, Megan Anna Rapinoe já tem pouco para provar no mundo de futebol. É jogadora da seleção nacional dos Estados Unidos, equipa pela qual ganhou o prémio Bola de Ouro no ano passado. Em 2012 já tinha recebido uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres.
No Instagram, a americana tem mais de dois milhões de seguidores, com quem partilha vários episódios da vida profissional e íntima: Megan é lésbica e assumidamente defensora dos direitos LGBTI+.
O seu estilo andrógeno não passa despercebido. Aliás, foi o cabelo curto e traços masculinos que chamaram a atenção de Jonathan Anderson, o diretor criativo da marca espanhola Loewe. Com o objetivo de acabar com vários estereótipos que ainda existem no mundo da moda, o estilista britânico convidou-a para ser a cara da nova campanha de inverno para mulher.
O anúncio desta parceria inédita foi feito nas redes sociais da futebolista. “Estou tão feliz com esta parceria com a Loewe e Jonathan Anderson. Múltiplos mundos juntaram-se para fazerem algo maior, diferente e excitante do que qualquer um deles poderia fazer sozinho”, escreveu.
A campanha lançada esta quinta-feira, 16 de janeiro, está a ser comentada em todo o mundo. Nos milhares de comentários à publicação há quase sempre algo em comum: os seguidores dizem que estamos perante uma viragem na indústria da moda, que está cada vez mais inclusiva.
Recorde-se que, tal como a NiT anunciou, no início de dezembro de 2019 também se fez história no concurso Miss Universo. A sul-africana Zozibini Tunzi foi a grande vencedora da cerimónia, mesmo sendo negra e tendo o cabelo curto — dois atributos que, infelizmente, durante muitos anos terão comprometido a escolha do júri.