A pandemia do novo coronavírus afetou vários setores económicos, mas o do turismo internacional destaca-se de todos os outros pela velocidade e força com que travou, obrigando milhares de aviões a ficarem parados nos aeroportos com o encerramento de fronteiras um pouco por todo o mundo.
No Japão, a pandemia foi controlada desde o início — até esta quarta-feira, 26 de maio, o país com mais de 126 milhões de habitantes tinha registado apenas 16.581 casos. Ainda assim, está a ter dificuldades em recuperar o fluxo turístico depois do surto de Covid-19.
No entanto, o jornal britânico “Express” revelou no sábado, 23 de maio, que o governo japonês está a desenvolver um plano para direcionar 11,4 mil milhões de euros para um programa nacional de turismo. Em conferência de imprensa na semana passada, Hitoshi Tabata, da Agência de Turismo do Japão, revelou que este pode mesmo ser lançado em julho, se a taxa de contágio no país continuar a descer.
Ainda não se sabe ao certo como vai funcionar, que despesas irá cobrir e que subsídios serão dados, mas é certo que visa comparticipar as viagens de todos os turistas pelas várias regiões do país, de forma a dinamizar este setor económico pós-pandemia. Contudo, as fronteiras do Japão ainda estão fechadas ao exterior, o que significa que turistas estrangeiros não podem ainda entrar no país.
Não é claro se estas comparticipações serão para turistas internacionais ou domésticos, mas o país estava a contar com os Jogos Olímpicos de 2020 para um fluxo de receitas no verão. Uma vez que o evento foi adiado para 2021, este programa de turismo pode vir a ser a solução para a época alta e a melhor maneira de atrair visitantes vindos de fora.
Em Itália, também já tinha sido desenvolvido um plano semelhante: como a NiT noticiou, a ilha da Sicília resolveu oferecer metade da viagem a quem for para lá passar uns dias no outono. O projeto ronda os 50 milhões de euros e pretende recuperar as receitas que os milhares de estrangeiros costumam lá deixar em tempos ditos normais. Para tornar esta oferta mais apelativa, a região vai também oferecer a entrada nos museus e espaços arqueológicos.