Terra de montanhas cheias de neve e de castelos medievais, a Geórgia é, atualmente, um dos destinos de viagens com maior crescimento em todo o mundo. O passado político turbulento parece ter ficado para trás, as revistas da especialidade começaram a descobri-lo, e é agora presença regular na lista das viagens que tem de fazer antes do boom turístico, ou dos destinos para os mais aventureiros — e para os que simplesmente gostam de pensar fora da caixa.
A Geórgia, que faz fronteira com a Rússia, Turquia, Arménia e Azerbeijão, já sobreviveu a guerras, conflitos e começa agora a ser uma das descobertas do ano. E isto com a benesse de ainda ser bastante inexplorado, original e também muito acessível, no que respeita a custos. Durante a última década, a economia da Geórgia melhorou bastante e o turismo é um dos setores que mais tem crescido.
Diz a Skycop, empresa internacional que luta pelos direitos dos passageiros face às companhias aéreas, na sua seleção de cinco destinos de outono para visitar antes do frio do inverno, que a Geórgia tem-se tornado, claramente, mais popular entre os turistas — e que o outono é uma época excelente para conhecer o país.
Situada entre a Europa e a Ásia, ao lado do Cáucaso e do Mar Negro, com toda a miscelânea de culturas e estilos que isso representa, a Geórgia é conhecida pela sua beleza natural incrível, com costa e praias, parques e campos vinícolas.
No outono, explica este site para viajantes, ganha cores imperdíveis (e instagramáveis) devido à abundância de árvores e à época da colheita da uva. Em muitas cidades georgianas, com vinhas, os turistas podem participar na vindima, e encontra enoturismo de qualidade. Telavi, Kvareli, Gurjaani e Signagi na região de Cachétia são os destinos que não pode perder, se for amante de vinhos.
E depois tem as montanhas, cheias de neve, como as Montanhas Caucasianas, facilmente acessíveis a partir de Tbilisi e com um incrível Parque Nacional, o de Tusheti. Atenção, aqui ficam algumas das estradas mais perigosas e tortuosas do mundo, nem pensar em se aventurar sem guia. Se gosta de alturas, o pico mais alto da Europa também fica na Geórgia: o Monte Elbrus, com 5.642 metros.
Mas, acima de tudo, o país conquista pela sua história e monumentos, com cidades medievais, feitas de casas de pedra antigas, castelos e igrejas. O destaque vai para localidades como Mtskheta, que foi construída há cerca de 3000 anos, ou Stepantsminda, a 1740 metros acima do nível do mar. E a própria capital, Tbilisi, tem uma beleza medieval muito característica, quando comparada com as grandes cidades europeias.
No passado mês de outubro, também o site norte-americano de culto “The Daily Beast” (mais de um milhão diário de leitores, de temas que variam da cultura à política e viagens) dedicou um extenso artigo a este país.
Diz-se na reportagem, que a Geórgia é um dos destinos mais badalados do mundo: mais bonita e cénica do que a Arménia, com natureza dramática, boa comida e ruínas medievais bem preservadas. Tudo isto nos faz pensar “porque levou tanto tempo para o mundo apaixonar-se por este lugar?”, escreve o jornalista.
O repórter norte-americano recomenda uma visita à cidade da caverna de Vardzia, uma passagem em Akhaltsikhe para visitar o Castelo de Rabati, e, a não perder, o complexo do castelo de Borjomi, com um cunho islâmico.
Alugando um carro, pode ainda visitar as aldeias de torre medievais e montanhas da região de Svaneti, ou passar por Gori, cidade natal de Stalin.
Batumi, no Mar Negro, a zona de vinhas de Kakheti e o Parque Nacional Kazbegi são também recomendados. A própria cidade de Kazbegi tem algumas das igrejas mais bonitas do mundo, com destaque para a Igreja da Trindade de Gergeti.
E depois há Tbilisi, a capital de ruas apertadas, com o Rio Kura ao lado e construções medievais. A revista refere que a gastronomia georgiana não é para o gosto de todos e recomenda o Resturante Ezo, na esquina do famoso Café Littera. Por este país fora, a especialidade é pão de queijo fresco assado com ovo cru, carnes grelhadas e abuso de frutos secos.
Na capital, encontra uma mistura de estilos europeu, medieval e islâmico. O custo de vida aqui ainda é bem acessível e tem muito para visitar: o Museu da Geórgia, a Fortaleza Narikala, a Igreja Metekhi, conhecida como a igreja dos reis, a Torre do Relógio e a Galeria Nacional, são os essenciais.
E quanto a custos? Tbilisi é uma boa base para visitar todo o país, e encontra voos relativamente baratos: consegue viagens a preços acessíveis, com ida e volta de Lisboa, a rondar os 300€.
No campo dos alojamentos, também encontra autênticas pérolas, a partir de 18€ por noite, devido à oferta do alojamento local.
Em relação a eventuais riscos, uma questão comum por parte de viajantes, o Foreign and Commonwealth Office do Reino Unido desaconselha apenas as regiões separatistas da Ossétia do Sul e da Abkhazia. É recomendado seguro médico e de viagem e para mais informações pode visitar o site do gabinete, regularmente atualizado.