A história da ilha Maurícia começou por ser contada em português. Fomos nós que descobrimos esta ilha no oceano Índico, a 800 quilómetros de Madagáscar, em 1505. Não foi amor à primeira vista: chegámos, olhámos, e viemos embora. Ainda assim, na confusão da história há quem ache que nós matámos o Dodó, uma ave não-voadora que está extinta desde o século XVII. Dizem os rumores que os portugueses as mataram por causa da carne.
Não fomos nós. Nem sequer os holandeses, que chegaram mais tarde para colonizar a ilha durante 20 anos. No final, vieram embora também. Na verdade houve vários factores que levaram à sua extinção, como a dificuldade em encontrarem as sementes por causa da vegetação densa ou a quantidade de ratos que habitava a ilha e que lhes comia os ovos (a praga era de tal forma violenta que se tornou numa das razões por que os holandeses abandonaram a ilha).
Não foi por acaso que começámos por contar a histórias das Ilhas Maurícias. Entrar nesta ilha no Oceano Índico é como pegar num calidoscópio, como aqueles que todos tínhamos quando eramos miúdos, e sentir a diversidade de culturas a misturar-se na frente dos nossos olhos. No pouco mais de um milhão de pessoas que vivem neste destino paradisíaco, 52% são hindus, 27,5% católicos, 16,6% muçulmanos. Os restantes seguem outras religiões ou são simplesmente ateus.
E não, ninguém se dá mal. Na verdade, as culturas distintas dão-se todas tão bem que toda a gente celebra os feriados de toda a gente. A sério, palavra de mauriciano. É um calendário cheio de festas e dias de folga, portanto.
Isso atrai mais pessoas, claro. Há 25 anos, as Maurícias recebiam pouco mais de 200 mil turistas por ano. Agora são mais de um milhão. O clima (está sempre calor, mesmo no inverno), a facilidade em comunicar (sem língua oficial, todos os habitantes falam inglês, francês e crioulo), as praias paradisíacas e a quantidade de coisas para fazer garantem que a viagem vale (muito) a pena.
E há, de facto, muitas coisas para fazer. A NiT esteve na ilha Maurícia para lhe dar as melhores sugestões sobre a ilha. Dos restaurantes aos hotéis, sem esquecer os parques de animais até aos nenúfares gigantes, na Maurícia vale tudo menos ficar duas semanas no resort. Pronto, também pode fazer isso. Mas não vai fazer ideia do que vai andar a perder.
Qual é a melhor altura para ir
A época alta nas Ilhas Maurícias acontece entre dezembro e março, quando as temperaturas estão (muito) altas, há menor probabilidade de aguaceiros (mas não se iluda, o clima tropical encarrega-se que chova sempre um bocadinho todos os dias) e, claro, muito mais turistas. Entre junho e agosto entra-se na estação do inverno, uma palavra que até tem uma certa conotação humorística se tivermos em consideração que as temperaturas nunca descem dos 20 graus. Se chegar aos 19 já aparece nas notícias. Ainda assim, a chuva é mais frequente, o que compensa pelo reduzido número de viajantes.
O que tem mesmo de levar na mala
Sempre que se deslocar pela ilha, há três coisas que têm de estar sempre consigo: protetor solar, repelente de insetos e um impermeável para a chuva. O ideal é colocar tudo numa mochila para poder movimentar-se à vontade.