Com a cidade de Lisboa a viver uma crise de dificuldades de arrendamento (e compra) de imóveis quase sem precedentes, a proibição dos novos registos de Alojamento Local na capital deverá, afinal, ser mais alargada do que o inicialmente esperado.
Um dia depois da entrada em vigor a nova legislação que regula a atividade do alojamento local (domingo, 21 de outubro), o presidente da Câmara de Lisboa apresenta, esta segunda-feira, as propostas da CML para criar zonas de contenção ao alojamento local em cinco bairros históricos da capital.
A medida, que será discutida e votada em reunião de câmara esta quinta-feira, dia 25 de outubro, baseia-se no “Estudo urbanístico do impacto do turismo em Lisboa”, que também será divulgado e apresentado pelo presidente da CML.
No entanto, o “Público” adianta já que a proibição de novos registos de alojamento local em Lisboa vai também apanhar várias zonas do Chiado, Príncipe Real, Cais do Sodré, Santa Catarina, Bica, Santa Engrácia e Graça. O jornal refere que os mapas elaborados pela Câmara de Lisboa, extravasam Alfama, Mouraria, Castelo, Madragoa e Bairro Alto, os cinco bairros onde a proibição já foi anunciada. Os outros bairros são apanhados, não necessariamente na totalidade, mas pelo menos parcialmente.
E acrescenta ainda que há mais áreas que vão ficar sobre vigilância: a Baixa, os Eixos Av. Liberdade, a Av. República, a Av. Almirante Reis; Colina de Santana; Ajuda e Lapa e Estrela. Desde que a nova Lei do Alojamento Local foi aprovada, em julho deste ano, houve uma corrida aos novos registos de e o número de novos pedidos mais do que duplicou na capital em relação ao mesmo período do ano passado, é ainda noticiado.