Se entrar em Lisboa em hora de ponta é dramático, encontrar um lugar para estacionar o carro deixa qualquer um à beira de um ataque de nervos. O primeiro problema é encontrá-los, o segundo é lidar com as tarifas altas — seja pelos valores dos parquímetros da EMEL, seja pelos preços dos parques.
A pensar neste problema, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) começou a estudar a possibilidade de criar parques de estacionamento low cost nas entradas da cidade. A ideia é que estes parques dissuasores, como são conhecidos, incentivem as pessoas a deixar os carros nas entradas de Lisboa. A seguir, podem facilmente deslocar-se para qualquer ponto da cidade através dos transportes públicos. Para que isto seja cumprido, os preços low cost destinam-se a quem seja titular de um bilhete válido.
E quanto é que os parques de estacionamento vão custar? Em entrevista ao jornal “Público”, Luís Natal Marques, presidente da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), fixou o valor nos 50 cêntimos por dia. Tinha-se falado na possibilidade de serem gratuitos, no entanto optou-se por atribuir um preço — que, atendendo aos valores praticados noutros parques de estacionamento, é claramente simbólico.
Em junho abre o primeiro parque de estacionamento, na Ameixoeira, com capacidade para 500 lugares. Seguem-se parques na Pontinha (2.000 lugares), no Areeiro (300) e em Pedrouços (150). Também deverá abrir um estacionamento dissuasor junto ao metro do Senhor Roubado.