Desde o início de maio de 2018 que o dia-a-dia de muitas das pessoas que vão diariamente a São Domingos de Benfica, em Lisboa, mudou. Se durante vários anos foi possível parar o carro para ir beber café, deixar os miúdos na escola ou descarregar mercadorias para muitas das mercearias do bairro, agora todas essas rotinas implicam passar pelo parquímetro mais próximo e deixar, pelo menos, 0,25€.
A decisão já tinha sido comunicada em julho de 2017 pela EMEL e pela Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica num documento oficial. Nesse comunicado, a Junta apresentava os locais onde os parquímetros seriam colocados e que afetam as rotinas dos vários comerciantes daquela zona que, não sendo residentes, se vêm forçados a pagar estacionamentos.
Mas não foram só os proprietários e fornecedores das lojas que ficaram prejudicados. Também as pessoas que passam por esta zona da cidade estão a ser afetadas, sobretudo os pais, educadores e professores das escolas e jardins de infância que ali recebem centenas de crianças todos os dias.
Desde que os parquímetros foram colocados que existem várias petições a decorrer nesta zona da cidade para que eles sejam retirados. Inclusive, de acordo com o “Diário de Notícias”, há vários autarcas que estão contra esta imposição da Junta de Freguesia e pedem alternativas de mobilidade para os cidadãos.
Recorde-se ainda que nesta zona da cidade ficam as Torres de Lisboa onde existem várias empresas com centenas de trabalhadores. Caso estas companhias não disponham de garagem, todos os seus empregados serão afetadas por esta imposição já que as estações de metro mais próximas, Alto dos Moinhos e Laranjeiras, ficam a uma distância considerável.
Tal como as petições que estão a decorrer nas várias escolas na freguesia de São Domingos de Benfica, também os trabalhadores da Galp prepararam um documento a contestar a decisão.
Até à data de publicação deste artigo, a petição pública destinada à Assembleia Municipal de Lisboa, ao Presidente da Autarquia, Fernando Medina e ao Conselho de Administração da EMEL contava com 1 363 assinaturas.