A decisão do Conselho de Ministros já está: o estado de emergência será prolongado durante mais 15 dias. Falta o Presidente da Republica criar o decreto e a Assembleia da República aprová-lo — ambos são quase certos. Segue-se depois um novo encontro do Conselho de Ministros, que terá lugar já esta quinta-feira, 2 de abril, para a definição dos contornos e medidas a adotar durante este prolongamento.
O anúncio do parecer favorável do Conselho de Ministros foi feito na tarde desta quarta-feira, 1 de abril, pelo primeiro-ministro, António Costa. O líder do executivo já se mostrara favorável à manutenção da contenção para controlar a pandemia do novo coronavírus e justifica agora: “não podemos ser precipitados no otimismo da evolução da curva”, frisou a dado ponto aos jornalistas. Adiantando: “quando começarmos a levantar as restrições, elas terão de ser levantadas lentamente. Ainda não é o momento das pressas. Sabemos que ao fundo do túnel há uma luz, mas ela ainda não está à vista”.
Costa voltou a reiterar que abril é um mês perigoso e decisivo para Portugal conseguir controlar a pandemia da Covid-19. E o primeiro-ministro reconhece: “é um momento particularmente difícil porque as pessoas estão a sofrer perdas de rendimento” e “o cansaço da contenção domiciliaria vai-se acumulando”. Há ainda um período critico que é da Páscoa.”Esta Páscoa vai ter de ser diferente. As pessoas não se podem reunir. Não podem ir à terra, não se podem encontrar” disse, pedindo aos emigrantes que se mantenham nas suas residências habituais. “Não é o melhor momento para virem, se vierem estarão confinados ao isolamento”.
Sobre a reabertura das escolas, Costa disse que a decisão será tomada só a 9 de abril. Sabe-se ainda que serão sugeridas libertações de alguns prisioneiros. Os restantes detalhes, só depois da reunião de quinta-feira.