São tão odiados como os ratos — há quem diga até que são os ratos dos céus —, no entanto os pombos são animais como quaisquer outros. Foi essa a ideia do projeto vencedor do Orçamento Participativo de 2016, que propunha uma alternativa aos abates em massa. Como? Criando pombais contraceptivos. O primeiro foi inaugurado a 25 de maio no Parque Silva Porto, em Benfica, e a ideia é abrir mais sete até ao final deste ano.
“A prazo, iremos acabar com a prática do abate de pombos, reflectindo a mudança de política que estamos agora a iniciar”, disse Duarte Cordeiro, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, cita o site “O Corvo”.
Nos pombais contraceptivos, os ovos dos pombos vão ser retirados ao fim de um máximo de três dias, numa altura em que ainda não está formado o embrião. Desta forma vai ser possível controlar a população de animais, sem ter que capturá-los e matá-los quando já são jovens ou adultos.
Para garantir a viabilidade do projeto, os ovos retirados aos pombos vão ser substituídos por ovos de plástico, bem como se vai deixar que sobreviva uma ninhada por ano. Assim, acredita-se que os pombos não vão perceber que as suas ninhadas estão em risco, continuando a utilizar os pombais contraceptivos.
Além do controle de natalidade, a criação destes locais de poiso vai assegurar que os pombos deixam de fazer ninhos pela cidade, nomeadamente em monumentos, estátuas e casas.
O projeto resulta de um investimento de 20 mil euros.