A Floresta Amazónica continua a arder e a culpa é da desflorestação. Após 17 dias em chamas, o mundo inteiro virou-se com preocupação, com vários líderes, cidadãos e organizações a manifestarem o seu pesar pelo que se está a passar.
O assunto ganhou, como seria de esperar, um enorme destaque nas redes sociais e a hashtag #PrayForAmazonia (e outras variações) tomou conta do Instagram. Segundo a geógrafa e diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazónia (Ipam), Ane Alencar, o aumento de incêndios em 2019 não está relacionado com períodos de seca mais intensos ou a fenómenos climáticos, como aconteceu com o El Niño em 2015.
As novas áreas abertas para a pastagem ou a agricultura geram resíduos (como troncos, galhos e folhas), que precisam ser queimados para limpar a área e nutrir o solo com parte das cinzas. Quando esta ação fica fora do controlo, deflagram incêndios que se espalham por zonas maiores do que as pretendidas.
Além dos prejuízos para o meio ambiente, a qualidade do ar também fica gravemente afetada. Várias cidades do Acre (estado brasileiro), por exemplo, estão com índices de concentração de material particulado bem acima do valor recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
Perante este cenário horripilante das últimas semanas, várias pessoas têm perguntado o que podem fazer para ajudar a Amazónia. A NiT tem algumas sugestões úteis — até porque o contributo de todos é, de facto, urgente.
Em primeiro lugar, esteja realmente informado sobre o tema
Além de ler as notícias sobre o assunto, pode manter-se informado através de contas de redes sociais de movimentos ligados ao meio ambiente. O Greenpeace Brasil é um dos perfis que está sempre a atualizar as informações sobre os incêndios na Amazónia. Além disso, o site oficial deste movimento tem petições online para quem quer apoiar o fim da desflorestação.
“As empresas precisam de fazer a sua parte para que o desflorestação no Cerrado, na Amazónia e em outros ambientes naturais do nosso país pare já. Não há tempo a perder. Sistemas mais sustentáveis e justos são possíveis e necessários, e precisam de ser prioridade em qualquer modelo de produção responsável e comprometido com a vida. A destruição tem que acabar”, lê-se na página do Greenpeace Brasil.
Adira ao movimento World Wildlife Fund Brasil
O WWF tem uma plataforma chamada “Somos Amazónia” que pede a desflorestação zero da floresta. Segundo o movimento, a Amazónia vive um dos maiores retrocessos ambientais da História e é super urgente colocar um ponto final nesta situação.
Só em junho a Amazónia perdeu 762 quilómetros quadrados de florestas — um número 60 por cento maior do que o registado no mesmo mês de 2018.
“Queremos a sua ajuda para construir a Amazónia que queremos: uma Amazónia conservada e valorizada, capaz de gerar renda, qualidade de vida e conhecimento para o planeta”, diz a campanha.
No site oficial pode preencher o formulário para ser convocado pelo WWF-Brasil para salvar a Amazónia e fazer parte das campanhas de conservação.
Doe dinheiro ao SOS Amazónia
A SOS Amazónia está entre as melhores, mais bem geridas e mais transparentes Organizações Não Governamentais do Brasil.
Com atuação nos estados brasileiros do Acre e do Amazonas, além de áreas fronteiriças, a SOS Amazónia tem desenvolvido desde 1988 projetos ambientais, ao mesmo tempo que propõe e implementa políticas públicas com o foco na conservação da biodiversidade e na valorização das pessoas e dos animais que ainda vivem na floresta.
Através do site oficial da SOS Amazónia, é possível doar o valor que quiser para ajudar esta organização a manter a Amazónia mais saúdavel.
Patrocine um acre de floresta tropical
A Rainforest Concern existe desde 1993 com o objetivo de proteger os habitats naturais ameaçados e a biodiversidade, em conjunto com os povos indígenas que dependem deles para sobreviver. Em 26 anos, conseguiram proteger mais de 2,2 milhões de hectares de florestas ameaçadas em países como o Brasil, a Costa Rica, o Equador e o Peru.
Através do site oficial da Rainforest Concern pode patrocinar um acre de floresta — o equivalente a 4.042 metros quadrados. Cada acre passará a estar oficialmente protegido após uma doação de 110€.