“Velocidade Furiosa”? Isso mesmo, de sair de sala de cinema ao fim de 135 minutos da lenga-lenga do costume. Hattie (Vanessa Kirby) é uma agente do MI6 cheia de sorte. Para fugir às garras do mau da fita (Idris Elba) e acabar logo ali com o bem-bom, ela injecta-se com o vírus Floco de Neve e sai de cena, estilo desaparecida em combate. Só a voltamos a ver lá mais para a frente. O primeiro spinoff da saga, “Velocidade Furiosa: Hobbs & Shaw”, estreia em Portugal esta quinta-feira, 1 de agosto.
Até lá, focamo-nos na dinâmica do dia a dia de Luke Hobbs (Dwayne Johnson) e Deckard Shaw (Jason Statham), os dois homens encarregues dos respetivos governos (EUA e Inglaterra) de encontrar a fugitiva e restabelecer a ordem mundial.
Isso implica a destruição maciça de uma organização XXL chamada Etheon, cujo propósito é apanhar o vírus para eliminar os fracos de todo o planeta e controlar a comunicação social, ao ponto de envenenar a malta com notícias falsas (in-crí-vel).
Bom, adiante. Hobbs é pai de uma menina, come desalmadamente e é um armário vestido com manga cava para mostrar os músculos infinitos. Deckard é mais elegante, sempre de fato, dono de uma colecção de carros antigos e modernos, apreciador de uma boa pint.
Nenhum deles se grama por aí além e a troca de bocas entre eles roça o primitivo — não vemos nada assim desde “Tango & Cash”. Seja como for, têm de se entender para levar a cabo a sua missão de apagar a Etheon ou, quanto muito, derrubar o seu elemento mais perigoso, o tal Brixton.
O raio de ação estende-se por quilómetros e quilómetros. Ele é Londres, ele é Los Angeles, ele é um sítio inóspito na Ucrânia, ele é Moscovo e ele é Samoa, onde tudo acaba. Ufffff. Nesse parênteses temporal, que nos parece interminável (e desconfortável por muito que a cadeira seja do best), há uma série de cenas de ação dignas de corta-e-cola dos outros oito “Velocidade Furiosa”. Muito speed, muita pancadaria, muita conversa jogada fora, muitas piadas non sense. A receita é a mesma e, pelos vistos, funciona.