As companhias aéreas TAP e Ryanair vão avançar com o lay-off simplificado proposto pelo governo. Numa altura em que os voos foram cancelados devido à pandemia da Covid-19, esta é a solução que as empresas encontram para manter os postos trabalho e reduzir os custos. O objetivo nos dois casos é que entre em vigor já durante o próximo mês de abril.
No caso da TAP, a decisão do lay-off foi comunicada pelo sindicato dos pilotos da aviação civil (SPAC) depois de uma reunião com o conselho de administração e a comissão executiva da transportadora aérea nacional.
“A TAP informou que, devido ao cancelamento de todos os seus voos para o mês de abril, pretende colocar em regime de ‘lay-off’ os seus pilotos, sem concretizar as medidas, que ainda estão em análise”, lê-se no comunicado enviado à agência Lusa.
O sindicato informou ainda que a administração da TAP pretende negociar com o governo nos próximos dois dias para definir ao pormenor as várias medidas que serão aplicadas. O modelo adotado será aplicado aos vários setores da empresa.
Esta solução excecional também será implementada pela Ryanair em Portugal. “O recurso a esta medida, que se revela indispensável para a manutenção da viabilidade e preservação dos postos de trabalho desta empresa, tornou-se premente e necessário em face da crise que se atravessa que resultou no cancelamento da esmagadora maioria dos voos a que damos assistência”, lê-se noutro comunicado dos sindicatos da low cost enviado à Lusa.
Prevêem que a medida tenha a duração de dois meses e entre em vigor já a partir desta quarta-feira, 1 de abril. “A empresa manterá uma disponibilidade de trabalho mínima para assegurar alguns serviços administrativos e manutenção de tarefas essenciais”, continua o sindicato.