Depois do caos em Wuhan, a primeira história dramática da pandemia teve lugar num cruzeiro, o Diamond Princess, onde metade dos passageiros ficou infetada. Atracado de urgência na costa japonesa, todos os que se encontravam no interior do navio ficaram retidos durante várias semanas. O cenário repetiu-se em vários outros paquetes por todo o mundo. Mas isso parece não ter abrandado a procura.
Segundo o “TMZ“, que cita um representante da Cruise Planners, uma empresa especializada em reservas de cruzeiros, as reservas dispararam 600 por cento em três dias, isto após ter sido anunciado que as viagens poderiam ser retomadas já em agosto. Mais estranho ainda: o facto de se registar um aumento de 200 por cento relativamente ao mesmo período de 2019, numa altura em que a pandemia não estava sequer no horizonte.
O fenómeno é explicado pelo próprio representante da empresa, que explica que as reservas foram feitas, na sua grande maioria, por jovens saudáveis, aparentemente menos preocupados com os efeitos da doença. Poderá também ser uma reação ao rigoroso confinamento a que muitos estiveram sujeitos nos últimos dois meses e, claro, os preços baixos que as companhias têm oferecido, como forma de voltar a recuperar o negócio e a confiança dos viajantes.