É difícil pensarmos em lagos tranquilos e passarinhos nas árvores quando nos lembramos da atual Praça de Espanha, um dos locais de Lisboa com mais trânsito e via de acesso entre várias zonas da cidade, mas é o que deverá acontecer a partir de 2019, quando o parque urbano for construído naquele espaço.
Quase todas as propostas para este futuro jardim, apresentadas esta quinta-feira, 14 de dezembro, têm a água como elemento fundamental. Há quem proponha que se criem lagos, bacias de retenção ou que se traga à superfície as ribeiras que existem por debaixo das estradas onde passam milhares de carros todos os dias.
Estas propostas podem ser analisadas pelo público, que pode dar ideias e sugerir alterações. Estão expostas numa das galerias da Fundação Calouste Gulbenkian, numa das esquinas da praça.
As obras na Praça de Espanha deverão começar no início de 2019, diz a Câmara Municipal de Lisboa, e não vão ser pequenas. Já é certo que vai deixar de existir uma grande rotunda no centro, assim como as duas estradas centrais, que ligam a Avenida dos Combatentes à Avenida Calouste Gulbenkian, e o terminal de autocarros que ali existe.
O parque urbano, que não deverá ficar pronto antes de 2021, vai ter o dobro do tamanho do jardim da Estrela, com 45 mil metros quadrados, e vai ligar uma transversal da Avenida José Malhoa ao início da Avenida de Berna. Vai ter esplanadas, equipamentos desportivos e zonas de convívio.
Segundo o “Público”, a autarquia também anunciou que para o ano vai ser lançado um concurso para se discutir propostas para o futuro parque no Vale de Santo António.