É um espaço especial e um dos edifícios mais emblemáticos de Évora. Mas o mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, também conhecido como Convento da Cartuxa, é sobretudo um local de oração e contemplação. Existe, por isso, um certo mistério por descobrir à sua volta. Agora, há uma oportunidade única para conhecer o interior do espaço e os rituais dos monges que fizeram ali a sua casa.
Construído entre 1587 e 1598, pelo Arcebispo D. Teotónio, da Casa de Bragança, ao longo dos anos o espaço foi aumentando a sua coleção de arte. É, desde 1910, um monumento nacional. Em 1960, foi alvo de uma restauração profunda, que permitiu voltar a ser a a única casa no País dos monges cartuxos.
Pela primeira vez desde a sua reconstrução como eremitério, em 1960, a Fundação Eugénio de Almeida promove um ciclo de visitas guiadas ao mosteiro de Santa Maria Scala Coeli que decorrerá até 19 de setembro, com entrada gratuita.
Existem apenas quatro horários disponíveis: 8 e 22 de agosto, às 8 horas; e 5 e 19 de setembro, às 19 horas. A escolha destes horários não é acaso: são períodos em que a particularidade da luz confere uma atmosfera especial à leitura do espaço.
O percurso das visitas revela as rotinas no mosteiro e locais repletos de simbologia dos quais se destacam o Pátio da Lavoura, espaço de trabalho manual e agrícola dos Irmãos conversos, o monumental claustro, a igreja, centro da vida cartusiana e as celas individuais, pequenas casas cujos detalhes narram com rigor a vida contemplativa dos monges cartuxos.
As visitas devem ser reservadas com antecedência e contam com um limite máximo de 15 pessoas. A Fundação Eugénio de Almeida promete publicar em breve no site o formulário de inscrição.