Há quatro projetos de resolução na Assembleia da República com a recomendação do PSD, do Bloco de Esquerda, do PCP e do CDS-PP para que os cidadãos portadores de Doenças Inflamatórias do Intestino (DII) recebam um cartão de acesso prioritário a casas de banho localizadas em locais públicos ou em espaços privados de acesso público.
O PSD propõe que o Parlamento recomende ao governo que “garanta a continuidade da prestação de cuidados de saúde aos portadores de DII, assegurando o tratamento integrado da doença e uma adequada articulação entre os diferentes serviços de saúde envolvidos”, e que “avalie a criação de medidas de apoio, designadamente em matéria de acesso a bens e serviços de saúde, incluindo taxas moderadoras, e de proteção em contexto laboral”.
Os sociais-democratas defendem que haja um aumento da literacia para a saúde no que diz respeito a estas doenças auto-imunes, como a doença de Crohn e a colite ulcerosa. O partido também assinala que as DII “registam uma tendência de aumento na sociedade portuguesa, afetando, atualmente, mais de 20 mil pessoas” no nosso País.
O CDS-PP também quer a isenção dos portadores destas doenças do pagamento de taxas moderadoras e que sejam adotadas “medidas de sensibilização da comunidade médica para o encaminhamento de portadores de DII para junta médica, de forma a que lhes seja aferido o respetivo grau de incapacidade decorrente da doença”.
Segundo os centristas, é essencial que haja uma sensibilização dos clínicos, principalmente dos médicos de família, para que todos tenham acesso a um diagnóstico precoce.