“O mundo está a enfrentar uma falta crónica de equipamentos de proteção individual”. Foi esta a mensagem de Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), numa reunião do comité executivo em Genebra, Suíça, esta sexta-feira, 7 de fevereiro.
No início desta semana, a China já tinha revelado uma necessidade urgente de máscaras protetoras contra a infeção, que já matou 638 pessoas e infetou mais de 31 mil.
Contudo, em Portugal, a Direção Geral de Saúde declarou esta terça-feira, 4 de fevereiro, que não é necessário recorrer ao uso de máscaras de proteção, com exceção dos profissionais de saúde tenham de estar em contacto com casos suspeitos de ter contraído a infeção, de quem tenha viajado para a zona afetada pelo surto ou daqueles que estejam em contacto com alguém doente.
“Neste momento, estamos numa fase que em epidemiologia se diz que é a fase de contenção e nesta fase não está de todo indicado os cidadãos usarem de forma alargada este tipo de máscara”, afirmou Goreti Silva, enfermeira do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e das Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA), à Lusa, citada pela RTP.
No caso de ser necessário usar o equipamento, Goreti Silva recomendou as máscaras com elásticos laterais nas orelhas, que podem ser retiradas sem entrar em contacto com o tecido e colocadas diretamente no lixo.
Em Portugal já houve quatro casos suspeitos de coronavírus, todos com resultados negativos. O grupo de 20 portugueses que voltaram de Wuhan no passado domingo ainda se encontra em quarentena voluntária no Hospital Pulido Valente e no Parque da Saúde de Lisboa.
Esta sexta-feira, 7 de fevereiro, foi confirmada a morte de Li Wenliang, o primeiro médico chinês que tentou alertar outros profissionais de saúde sobre o coronavírus. Tinha 34 anos.