O caos que a pandemia do novo coronavírus está a lançar no País tem vindo a ser controlado com a incrível capacidade de entreajuda da população portuguesa. Durante este período já nasceram vários projetos de apoio a grupos de risco, que juntam voluntários no combate e prevenção da Covid-19.
O COmVIDas é um deles. A iniciativa pretende unir instituições de idosos que precisam de apoio a todas as pessoas que queiram e possam ajudar. No fundo, o objetivo é criar uma rede de voluntários capazes de ajudar, de forma segura e responsável, as instituições de apoio aos idosos de todo o País, para lhes garantir a melhor qualidade de vida neste momento de emergência nacional.
O projeto, criado por um grupo de estudantes universitários e profissionais, vai servir de intermediário entre quem quer ajudar e quem precisa desse auxilio. Isto significa que serão sinalizadas as instituições de apoio aos idosos com maiores necessidades e, perante isso, criadas equipas de voluntários. Seja voluntário ou responsável por uma destas instituições, o primeiro passo para garantir esta entreajuda é inscrever-se através do site do COmVIDas.
Os responsáveis pela área de voluntariado gerem todas as candidaturas recebidas e as suas informações essenciais (condições de saúde, disponibilidade, área de formação, entre outras). Depois, selecionam e montam, de forma rigorosa, equipas de voluntários capazes de ajudar as instituições.
Apesar de ser necessária ajuda não especializada, é dada prioridade a voluntários que sejam estudantes ou profissionais de medicina, enfermagem ou outras áreas de cuidados de saúde.
Há ainda uma equipa do COmVIDas a gerir as candidaturas de instituições que precisam de apoio voluntário. O objetivo é coordenar com cada uma das instituições um plano de ação e um protocolo específico de atuação, para que se consiga responder às maiores necessidades – seja de recursos humanos, material de proteção, formação na área da psicologia ou de segurança na saúde.
Através do site do projeto é possível ainda fazer donativos de materiais de proteção (como máscaras, luvas, viseiras, roupa e gel); de apoio financeiro para comprar equipamentos de proteção individual, alimentação e pagar deslocações; ou de casas para que os voluntários possam estar em isolamento durante e após a sua missão.
“Tudo começou no domingo, dia 29 de março, quando recebemos uma mensagem a pedir ajuda para um lar no interior. Surgiram muitas dúvidas, a necessidade de formação em segurança na saúde e algumas dificuldades logísticas. Por outro lado, apareceram logo muitas pessoas a querer aderir ao pedido de apoio. Em menos de 24 horas, reuniram-se cem voluntários dispostos para arrancar em missão”, explicam os responsáveis em comunicado.