Todos os profissionais de saúde que estejam de serviço em hospitais ou unidades que dão apoio a pessoas infetadas com coronavírus devem passar a ter um registo pessoal diário da sua condição de saúde. A recomendação faz parte de uma nova orientação da Direção-Geral de Saúde (DGS), emitida este sábado, 21 de março.
“Os profissionais de saúde estão na linha da frente da prestação de cuidados a doentes com Covid-19, pelo que têm um maior risco de exposição profissional ao coronavírus”, refere a comunicação da DGS aos profissionais de saúde, sublinhando que estes devem “devem realizar auto monitorização diariamente”. Ou seja, devem apontar diariamente a existência — ou não — de quaisquer sintomas que possam estar relacionados com o vírus. Entre os cuidados que os profissionais devem ter, o principal destaque vai para a medição da temperatura.
No mesmo documento, a DGS reforça o apelo a que todos os médicos, enfermeiros e auxiliares cumpram as recomendações de prevenção e controlo de infeção, nomeadamente a higiene das mãos, e a utilização de máscara cirúrgica ou o equipamento de proteção individual adequado para a atividade clínica, de acordo com as recomendações para a pandemia Covid-19.
Se um profissional de saúde foi identificado como contacto próximo de alto risco de exposição com doente com Covid-19, devem ser ativados os procedimentos de vigilância ativa, durante 14 dias desde a data da última exposição, pela autoridade de saúde local. “Estes profissionais ficam em isolamento profilático, com restrição para o trabalho, durante o período de vigilância ativa”, determina a DGS.
Os mais recentes dados da DGS, divulgados na manhã de domingo, 22 de março, revelam que há em Portugal 1600 casos positivos da doença, mais 320 do que no dia anterior. Já morreram 14 pessoas com Covid-19.