A última terça-feira, 15 de setembro, marcou o início de novo período de contingência em Portugal, numa altura em que o aumento de casos em Lisboa e Vale do Tejo e Norte têm casudo preocupação. Na sexta-feira, 18 de setembro, Portugal viveu o pior desde o pico da pandemia em abril. Portugal está longe de ser caso único.
A partir de segunda-feira, 20 de setembro, parte de Madrid deverá entrar em confinamento seletivo. As medidas serão clarificadas ao longo do fim de semana mas espera-se que uma zona de quase 900 mil habitantes no sul da capital espanhola volte a ser palco de medidas mais restritivas, e quem sabe um possível regresso de imagens de ruas semi-desertas.
Ao todo, são 37 as zonas de Madrid onde haverá regras mais apertadas para o controlo nas entradas e saídas. De resto, em toda a região o limite no número de pessoas juntas volta a ser de apenas seis, adianta o “El Pais”. Madrid já tinha sido no pico da pandemia a cidade espanhola mais afetada. As 37 zonas em causa são aquelas onde os números de casos nos últimos quatro dias superam os mil por cem mil habitantes. Espanha tem mais de 625 mil casos e mais de 30 mil mortes por complicações causadas pela Covid-19 desde o início da pandemia.
As novas restrições previstas para Espanha acompanham sinais de outros países. Esta sexta-feira foi também um dia mau em França, o pior desde o pico da pandemia. Nas últimas 24 horas registaram-se 13.125 novos casos de coronavírus, além de 123 mortes.
Na Dinamarca, o número máximo de pessoas em local público voltou a baixar de 100 para 50, e os bares e restaurantes vão ter de voltar a fechar mais cedo. Reiquiavique, a capital islandesa, viu todos os concertos e apresentações públicas marcadas para este fim de semana serem cancelados. Os bares não serão alternativa de entretenimento já que estarão também encerrados durante o fim de semana.Também a Holanda está a impor novas restrições nas maiores cidades do país, Amesterdão e Roterdão.
Entretanto, no Reino Unido, o próprio primeiro-ministro britânico Boris Johnson já usa a expressão “segundo vaga”, como nota a “BBC”. O Reino Unido é o país europeu mais afetado na até ao momento ao nível de óbitos, com mais de 41 mil mortes registadas, além de 385 mil casos confirmados.