No final de terça-feira, 14 de abril, o Infarmed publicou um alerta no site oficial sobre a existência de embalagens falsas cloroquina. Além de já ter sido usado no combate à malária, esta substância tem vindo a ser testada em doentes com o novo coronavírus.
Segundo o Infarmed, o Working Group of Enforcement Officers (WGEO) denunciou o produto Chloroquine phosphate, 250 miligramas, tablet, com número de lote ilegível e prazo de validade 11/2022, fabricado por Brown & Burk Pharmaceuticals Limited, com local em “Belgique – Bruxel”.
“O mencionado fabricante não está autorizado pelas autoridades europeias (o único fabricante europeu com o nome Brown & Burk UK, Ltd. está localizado no Reino Unido e não na Bélgica) e a rotulagem apresenta um erro de ortografia (a palavra “Bruxel” em vez de “Bruxelles”)”, pode ler-se.
Por isso, o Infarmed não deixa dúvidas: “Este produto foi classificado como falsificado.” Tendo isto em conta, reforça que as entidades não o podem comercial, pelo que aquelas que o tenham adquirido devem contactar a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde através do email dil-ins@nullinfarmed.pt.
Como a NiT já tinha noticiado, a cloroquina tem sido uma das novas abordagens terapêuticas nos doentes Covid-19. “À data, considerando o conhecimento científico atual e as recomendações da OMS, encontram-se em investigação, entre outras, as seguintes estratégias terapêuticas: Remdesivir, Lopinavir/Ritonavir, e Cloroquina ou Hidroxicloroquina”, pode ler-se no site oficial da DGS.
Na conferência de imprensa de quinta-feira, 26 de março, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, garantiu que, em Portugal, os “doentes estão a utilizar todo o arsenal terapêutico disponível no mercado”.