Um estudo internacional que avaliou os impactos na saúde do consumo de carnes vermelhas e processadas, concluiu que as investigações que apontavam para o perigo destes produtos não têm fundamento suficiente.
Os investigadores publicaram o trabalho a 1 de outubro na revista Annals of Internal Medicine e referem que os benefícios para a saúde de reduzir o consumo destas carnes são poucos e não são suficientes para alertar para parar o seu consumo.
No entanto, o estudo já foi contestado por vários investigadores da prestigiada Universidade de Harvard que, em comunicado, defendem que esta investigação “prejudica a credibilidade da ciência da nutrição e desgasta a confiança pública na investigação científica”.
“É uma recomendação de saúde muito irresponsável. É desconcertante, dada a clara evidência dos danos associados ao alto consumo de carne vermelha”, disse Frank Hu, líder do departamento de nutrição da Escola de Saúde T.H. Chan, de Harvard.
Alguns destes críticos pediram até à revista científica que não publicasse o estudo. Os investigadores responsáveis por ele questionam as diretrizes da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Americana Contra o Cancro e da Associação Americana do Coração, que durante anos defenderam que as carnes vermelhas e processadas aumentam o risco de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de cancro.