A Direção-Geral da Saúde (DGS) tem várias linhas orientadoras para melhorar a alimentação dos miúdos até aos seis anos. O manual Alimentação Saudável, publicado esta quarta-feira, 16 de outubro, além de sugerir que os bebés e grávidas vegetarianos tomem suplementos de vitaminas e minerais, tem recomendações específicas para os berçários e creches.
Os “alimentos processados (por exemplo bolachas, cereais de pequeno-almoço) ou doces (como sumos, xaropes e mel) não deverão fazer parte da oferta alimentar das creches e infantários nem da rotina familiar”, pode ler-se no documento da entidade, citada pelo jornal “Público”.
É que o excesso de peso atinge 32,6 por cento das crianças entre um e três anos em Portugal, pelo que é necessário tomar medidas.
“A partir dos seis meses é hora de começar a diversificar a alimentação. Esta é uma oportunidade única para treinar o paladar e as texturas”, diz Maria João Gregório, diretora do Programa Nacional para a Alimentação Saudável, da DGS.
Uma das recomendações diz que a comida confecionada para os bebés até um ano não deve ter sal e açúcar adicionados e “os alimentos introduzidos devem ser os da Roda dos Alimentos”. “Neste período deve-se variar a oferta alimentar e há alimentos proibidos: o açúcar e o sal adicionados e também os alimentos processados que têm adição de açúcar e sal”, pode ler-se na mesma publicação.
A partir dos 12 meses, a ideia é passar a partilhar a mesma alimentação da família. Mas, atenção: os sumos devem estar fora da ementa e a água deve ser a bebida privilegiada. Os doces e os alimentos processados também estão excluídos, com exceção dos dias de festa.
O manual também se foca na promoção do aleitamento materno durante o maior período de tempo possível, uma vez que traz vários benefícios a saúde dos bebés. Entre as medidas a promover está a criação de uma rede nacional de bancos de leite humano. Neste momento, apenas a Maternidade Alfredo da Costa tem um banco — a NiT já lhe explicou como funciona neste artigo.