Ginásios e outdoor
Vanessa Martins: “Quem passa uma semana sem ir ao ginásio tem de se martirizar na hora”
A atriz contou à NiT que só começou a treinar aos 18 anos e que o percurso teve altos e baixos. Leia a entrevista.
Tem uma silhueta invejável, treina todas as semanas, partilha a rotina nas redes sociais e tem um canal de YouTube pensado para quem quer ficar em forma sem ter de sair de casa ou gastar dinheiro, o “100 Desculpas”. Estamos a falar de Vanessa Martins, 31 anos, que atualmente está casada com Marco Costa que ficou conhecido pela sua participação na “Casa dos Segredos” e pela sua famosa torta de laranja ( abriu a primeira pastelaria em agosto). Segundo a atriz, o marido foi um apoio muito importante neste percurso.
A NiT já tinha acompanhado um treino da autora do blogue “Frederica by Vanessa Martins” há dois anos, mas aproveitou o lançamento dos novos gelados Solero para saber mais sobre os truques da atriz para ter um corpo e mente fit. Pelo meio, descobrimos como é que começou a preocupar-se com um estilo de vida saudável.
Leia a entrevista de Vanessa Martins.
A preocupação pela alimentação saudável e pelo desporto vem desde pequena?
Na geração dos nossos pais fazer exercício não era assim tão normal e comia-se bem e o tipicamente português. A minha família não foge dessa realidade. Sempre fui muito magrinha e só comecei a fazer exercício aos 18 anos, não contra a vontade dos meus pais, porque não havia problema nenhum, mas eles sempre disseram: “Porque é que vais ao ginásio se estás tão magrinha?” Naquela altura o exercício era associado à perda de peso e não ao ganho de massa e tonificação muscular.
E sempre se sentiu bem o seu corpo?
O meu objetivo foi sempre ganhar peso, já que parecia uma “tábua”, e queria ganhar algumas curvas. Mas acho que todas as raparigas passam por essa altura da vida em que mesmo que estejam perfeitinhas têm sempre algum defeito a apontar, seja porque são gordas ou muito magras, porque são altas ou muito baixas. Acho que na fase do armário nunca ninguém está satisfeito. É um momento de indecisão da nossa vida.
Como é o seu dia a dia a nível de treino?
Treino todas as semanas, mas quanto aos dias depende da minha disponibilidade. Nesta fase de verão e férias tenho menos porque também estou mais cansada do ginásio. Mas atenção: não fico uma semana sem ir. Acho que uma pessoa que passa uma semana sem ir tem de se martirizar na hora. Tem de se obrigar a ir, porque depois passa uma semana, duas e de repente estamos a dizer que não vamos há um mês. Ainda assim, a verdade é que é mais fácil ter uma rotina no inverno do que no verão, pelos horários e por termos menos distrações.
Há algum exercício que lhe custe particularmente fazer?
Não. Isto pode parecer presunçoso, mas o meu PT sempre me disse que se existem exercícios que não gostamos, não temos de fazê-los. Há várias formas de trabalhar todos os grupos musculares e se o meu PT me pede para fazer um exercício e eu não me sinto à vontade, simplesmente não faço. Caso contrário, vou comprometer a minha postura e a minha motivação no treino. Portanto, mais vale mudar e arranjar um exercício que torne aquele movimento mais divertido e menos doloroso. É melhor estarmos naquela posição de agachamento em que nos sentirmos sexys do que naquela em que nos sentimos ridículas e terríveis.
A entrada no ginásio levou a outras mudanças?
Não foi logo imediato, levou alguns anos. Comecei aos 18 mas só comecei a ter consciência alimentar mais tarde. Houve uma altura em que fiquei doente porque não estava a consumir os nutrientes necessários para o nível de exercício físico que fazia. Tive ajuda médica, o Marco [o marido] também me ajudou imenso a ter essa noção. Por isso, acho mesmo que foi um passo de cada vez. E quando se torna uma coisa natural é mais fácil. Acho mesmo que temos de sentir o que estamos a fazer, o exercício físico e alimentação saudável e equilibrada têm de nos dar prazer, se for uma obrigação nunca vamos ter resultados.
Houve algum vício que tenha custado mais a deixar?
Nunca fiz nada radical que dissesse “nunca mais vou comer isto”. Foi um percurso natural, consciente. Por exemplo, comecei por tirar o açúcar do café. Mas houver dias em que me enganei e meti e fiquei chateada. Mas é normal ser assim, é mesmo algo gradual. Quando a cabeça percebe, o corpo aceita e aqui trata-se disso mesmo.
A nível de alimentação, tem truques que aplique todos os dias?
Não é nenhum truque, mas tento sempre beber, pelo menos, 1,5 litros de água por dia. Há dias em que bebo mais. Sinto-me bem a beber água porque acredito que é uma forma de filtrar tudo aquilo que estamos a comer. Mas não tenho aquela paranóia de acordar de manhã e colocar limão na água morna. Bom, no inverno até tenho esse truque e na verdade sou um pouco paranóica porque nunca quero ficar doente. Nunca fico constipada, nunca fico com tosse, nunca fico com gripe. Digo isto orgulhosamente porque é sinal que como bem e que tenho saúde. Às vezes também opto pelo truque da colher de mel pela manhã. Mas apenas no inverno, no verão é para curtir. Sem exageros, claro.
Qual é a melhor dica que pode dar aos nosso leitores que querem começar a ter um estilo de vida mais saudável?
Treinar tem de ser um prazer e tem de ser mais para a mente do que para o corpo. É claro que todo o nosso esforço vai refletir-se no corpo, mas a motivação inicial deve ser para nos sentirmos bem mentalmente, porque o resultado mental vai ser muito mais rápido do que o físico. A partir do momento em que nos sentimos mais motivados, leves e despertos, vamos ter mais vontade de treinar e isso vai manifestar-se no exterior. É por aí que se tem de começar. Quando vivemos quase que encurralados nas mesmas paredes às vezes é difícil libertarmo-nos e o treino tem esse poder.