É com a promessa de queimar cerca de 470 calorias, em apenas 40 minutos de treino, que a modalidade Fat Attack Training (FAT) se apresentou no mercado em janeiro deste ano. No fundo, tratou-se de transformar o tipo de treino já existente, o treino intervalado de alta intensidade, numa modalidade que estava a faltar no mercado português. Joel Freitas, 39 anos, foi o culpado.
Formado em Ciências do Desporto e Educação Física e a trabalhar há 18 anos na área do fitness, o criador da modalidade diz que “não inventou nada”. Aliás, apenas “pegou num tipo de treino que agora está em voga” e transformou-o. Assume que havia uma grande falha no mundo do desporto porque os treinos deste género ou eram muito ligados ao crossfit ou eram coreografados e isso não o agradava.
O FAT é um sistema de treino intervalado. Ou seja, consiste em períodos curtos de exercícios anaeróbico (sem haver consumo de oxigénio) de alta intensidade combinados com pequenos intervalos de descanso.
Há três variações dentro da modalidade: Maximal Interval Training (MIT), onde há períodos de exercício muito intenso separados por breves períodos de descanso. Cardio Core, que consiste num treino especificamente localizado na região do core do corpo com momentos de intensidade cardiovascular e o Circuit Training, um método de treino que não exercita nenhuma capacidade física até ao limite mas sim de forma geral.
Apenas com três meses, a modalidade 100 por cento portuguesa já está a pôr à prova os desportistas. Neste momento, está a acontecer um desafio em que 60 alunos fazem 50 aulas em 50 dias. “É com resultados melhores do que se podia esperar” que a FAT está a conquistar cada vez mais pessoas, segundo Joel Freitas.
“Queremos que os alunos se superem a cada exercício que fazem”. O criador da FAT explica que é dado um exercício ao aluno e que é ele que faz a gestão do número de repetições no tempo proposto. O objetivo é “realizar o maior número de repetições possível”, acrescenta. Assim sendo, cada um tem o seu ritmo e, consequentemente, cada um vai poder aumentar a condição física e os seus limites.
São aulas de 40 minutos, em que 36 são de trabalho efetivo. O criador da modalidade explica que “qualquer pessoa pode praticar” e que para quem acha que não pode ou não consegue, além dos exercícios propostos, “há práticas alternativas”. Ficar sem treinar é que não é solução.
O Fat Attack Training baseia-se no consumo de oxigénio após a prática de exercício — uma forma eficaz de queimar gordura. Além desta vantagem, há ganho de massa muscular, estabilização dos valores da tensão arterial e, ainda, a diminuição da frequência cardíaca quando os alunos estão a descansar.
É com já cerca de 12 professores formados e habilitados a ensinar esta modalidade que a FAT quer continuar a expandir-se e estar presente em vários ginásios e academias do nosso país. De acordo com Joel Freitas, a modalidade já está presente no ginásio Trainning for Health, em Paredes. Porém, de acordo com Joel Freitas, não falta muito para chegar a Leiria, Amarante, Lisboa e Margem Sul.