Dieta nórdica, diz-lhe alguma coisa? Se a resposta foi não, saiba que está a deixar passar uma tendência alimentar que é considerada uma das mais eficazes e seguras do momento. É que vários estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) concluíram que a dieta mediterrânica e este novo método são duas bombas saudáveis.
Segundo o resultado das investigações, estas duas dietas podem realmente ajudar a reduzir o risco de aparecimento de vários tipos de cancro, diabetes e doenças cardiovasculares que, normalmente, estão associados à obesidade.
Porém, embora os dois métodos sejam semelhantes, apresentam uma diferença: a dieta nórdica baseia-se, sobretudo, em alimentos tradicionais do norte da Europa. Ou seja, de países como a Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia.
Qual é o objetivo desta dieta?
“Esta dieta pretende promover um estilo de vida saudável, uma vez que nestes países existe uma comum elevada ingestão de açúcar, carnes e lacticínios gordos, baixa ingestão de fruta e vegetais. Neste sentido, esta dieta tem como objetivo a existência de uma dieta saudável, apesar de ser uma cultura e disponibilidade de alimentos diferente, ou seja, considerando os alimentos tradicionais nórdicos”, explica à NiT a nutricionista Maria Gama.
Esta dieta, tendo por base promover a gastronomia local e orgânica, baseia-se na ingestão de mais peixe (mas menos azeite), carne de caça, cereais integrais, vegetais e bagas. Além disso, é contra a ingestão de alimentos processados e pouco saudáveis, e prefere a ingestão de proteína magra, hidratos de carbono completos e gorduras saudáveis.
Segundo a especialista, esta dieta defende aquilo que deve ser um estilo de vida saudável e o que deve ser promovido em qualquer tipo de alimentação, tal como é promovido pela dieta mediterrânica.
Em 2012, o ministério de Alimentação, Agricultura e Pesca da Dinamarca publicou um guia geral de alimentação, estabelecendo dez regras principais a seguir na dieta nórdica.
1. Comer frutas e vegetais todos os dias;
2. Comer produtos de cereais integrais;
3. Consumir alimentos do mar e dos lagos;
4. Comer carne de melhor qualidade, mas em menor quantidade;
5. Optar por comida vinda de pastos selvagens;
6. Comer produtos orgânicos sempre que possível;
7. Evitar corantes e conservantes na comida;
8. Comer mais pratos inspirados nos alimentos de época;
9. Comer mais comida caseira;
10. Evitar o desperdício.
Quais são as diferenças entre a dieta nórdica e a mediterrânica?
Podemos admitir que são dois tipos de alimentação que promovem o consumo de alimentos frescos, um consumo elevado de vegetais, hortícolas e fibras e que evitam ao máximo a ingestão de açúcar e de gorduras saturadas.
“Ou seja, a dieta nórdica baseia-se, então, numa alimentação saudável com a ingestão de alimentos importantes para o organismo, privilegiando a utilização de ingredientes e alimentos produzidos no próprio país, fator este que deve ser, na minha opinião, considerado em qualquer tipo de alimentação em qualquer zona do mundo”, sugere à também autora do blogue “Põe-te na Linha“.
De acordo com a OMS, uma das grandes diferenças entre os dois métodos está relacionado com o facto de a dieta nórdica incentivar à utilização do óleo de canola ou de colza, como substitutos do azeite.