Oito anos depois de assumir a liderança do negócio da família — uma gigante empresa de armas —, a empresária anglo-israelita Nessa Stein faz da sua missão de vida contribuir para assegurar a paz no Médio Oriente, sobretudo no conflito israelo-palestino.
Só que quando o seu novo parceiro de negócios morre num misterioso suicídio, a idealista Stein é obrigada a adiar a terceira fase de um plano ambicioso que está a ser pensado há bastante tempo: ligar a Cisjordânia com cabos de fibra ótica, ajudando desta forma o povo árabe.
Há muitas partes interessadas neste projeto — e intervenientes que querem estar envolvidos ou influenciar de alguma forma aquilo que vai acontecer.
As coisas ficam ainda mais agitadas quando Kasim, amigo próximo de Nessa Stein, e filho de uma tradutora palestina, é raptado. No meio disto tudo, Stein vê-se envolvida pela Casa Branca e pelos serviços secretos britânicos num intriga política complexa à escala internacional.
Esta não é propriamente uma série sobre o conflito entre Israel e Palestina, ou sobre os atos de violência de parte a parte, do estado judeu e dos rebeldes árabes. Foca-se mais em tudo aquilo que está por trás, em todos os que manipulam os peões que estão no terreno.
É esta a premissa para “The Honourable Woman”, a série thriller de oito episódios que estreou em 2014 e que chega agora a Portugal, através da plataforma de streaming da HBO. Está disponível a partir desta sexta-feira, 10 de julho.
Maggie Gyllenhaal interpreta a protagonista. A atriz venceu um Globo de Ouro pelo seu papel neste projeto original da BBC, cujo elenco inclui ainda Stephen Rea, Andrew Buchan, Tobias Menzies, Lubna Azabal, Katherine Parkinson, Janet McTeer e Eve Best, entre outros.
A produção, que nunca teve um grande impacto comercial, recebeu no entanto boas críticas. No Rotten Tomatoes, site que aglomera as classificações da imprensa especializada, “The Honourable Woman” tem 91 por cento de textos favoráveis.
O trabalho de Maggie Gyllenhaal foi provavelmente o elemento mais elogiado pelos críticos, mas também houve boas referências à narrativa envolvente e viciante que se desenrola ao longo dos oito episódios.
A história tende a ser imparcial — mostra como tanto do lado de Israel como da Palestina há autênticos vilões, vítimas inocentes e preconceitos e ideias sem sentido.
Ao mesmo tempo, e num plano mais pessoal para a vida da protagonista, “The Honourable Woman” é sobre confiança — e como nada é o que parece, como as pessoas têm objetivos escondidos e até alguns dos amigos mais leais podem ter agendas secretas.