Nos últimos dias, Olavo Bilac foi criticado nas redes sociais por ter atuado no jantar-comício do partido Chega. Esta terça-feira, 11 de agosto, a banda Santos & Pecadores reagiu ao sucedido, demarcando-se de “qualquer atitude ou posição” tomada pelo cantor.
A banda decidiu enviar à agência Lusa um comunicado, citado pelo “Expresso”, “com o propósito de esclarecer os fãs e o público em geral”, e por “terem surgido diversas notícias que põem em causa o bom nome” do grupo, assim como o seu “património”.
Olavo Bilac atuou no sábado, 8 de agosto, num jantar-comício do Chega, em Leiria, e o líder do partido, André Ventura, tornou o momento público ao partilhar nas redes sociais uma selfie com o cantor. Foi a partir daí que as críticas começaram.
Esta situação só veio tornar mais complicada a relação do cantor com o grupo, que esclarecem que “a banda Santos & Pecadores não realiza espetáculos desde o ano 2014” e que “já foi dado início ao processo da banda Santos & Pecadores contra o sr. Olavo Bilac”.
De acordo com os músicos Pedro Cunha, Pedro Almeida, Pascoal Simões e Rui Martins, o processo foi interposto “por usurpação, abuso e delapidação do património da banda, assim como o incumprimento do contrato” que os liga ao cantor, “e que o impede de utilizar e tocar ao vivo qualquer obra do grupo em situações a solo, o que tem feito durante vários anos contra a vontade da banda ao mesmo tempo que (…) impede a banda de retomar a sua normal atividade”.
A banda, que foi fundada em 1987, quis divulgar o comunicado para “se demarcar de qualquer atitude ou posição tomada unilateralmente pelo sr. Olavo Bilac”. O cantor utilizou as suas redes sociais para dizer que “nunca” teve intenção de “apoiar o Chega”, tal como “nunca” apoiou qualquer força política, para as quais tocou “ao longo de toda a carreira”.
“Peço desculpa ao meu público que de algum modo se tenha sentido ofendido por esta situação, uma vez que sempre defendi valores enquanto cidadão independente bem diferentes do que aqueles apregoados por este partido. Peço desculpa também aos meus pares da indústria, músicos que já tantas vezes hipotecaram o dia devido aos seus princípios. Às vezes peco por nunca dizer que não ou recusar uma foto, relativizando as situações privadas em favor das outras pessoas. Desta vez não pensei naqueles que me estão mais próximos…”, acrescentou.