O mundo da venda física de música acaba de ter novidades que há uns anos poderiam parecer impossíveis. Os vinis ultrapassaram, pela primeira vez em 34 anos, os CD nos Estados Unidos. De acordo com um relatório da Associação Americana da Indústria de Gravação, as vendas dos discos de vinil chegaram aos 231, 1 milhões de dólares ou 195 milhões de euros, enquanto que as receitas de venda dos CD foram de 108 milhões de euros, nos primeiros seis meses do ano,
Ainda assim, a venda física de música desceu 23 por cento na primeira metade do ano, muito provavelmente por causa do confinamento, uma altura em que as pessoas deixaram de ir às lojas de música. As vendas de CD diminuíram 48 por cento enquanto que as de vinil aumentaram, especialmente durante um evento de três dias com preços mais baratos, onde foram vendidos 802 mil discos. As vendas de música no digital também diminuíram 22 por cento, representando 296 milhões de euros.
A nível geral, a indústria musical teve mais receitas neste período, contando com um lucro de 4.1 mil milhões de euros na primeira metade de 2020 — o streaming representou 85 por cento da receita total. Além disso, há boas notícias neste setor emergente. As subscrições pagas de serviços de streaming musicais, como o Spotify ou Deezer, aumentaram 24 por cento, o que representa um futuro mais animador para a música — e significa que os ouvintes estão dispostos a pagar para ouvir música e apoiar os artistas.