Já tínhamos revelado por aqui quais eram as maiores novidades da Netflix para o mês de junho — além das séries e filmes originais que costumam merecer atenção individual na NiT. Agora, olhamos para as novidades previstas para as próximas semanas para o catálogo da HBO Portugal.
Todos os meses, além dos conteúdos originais, chegam vários filmes — tanto recentes como clássicos — à plataforma de streaming, que foi lançada em Portugal em fevereiro do ano passado. São esses outros formatos que têm a nossa atenção neste artigo.
A 19 de junho vai poder ver “Shutter Island”, filme de Martin Scorsese com Leonardo DiCaprio no papel principal — além de o elenco incluir Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Max von Sydow, Michelle Williams, Emily Mortimer e Patricia Clarkson, entre outros.
Nesta narrativa passada nos anos 50, um agente investiga o desaparecimento de um assassino, que fugiu de um hospital psiquiátrico. Mas nada vai ser o que parece.
Já no dia 13 vai poder ver “Assim Nasce Uma Estrela”. Bradley Cooper é um cantor country alcoólico (Jack) que vive perseguido pelo fantasma de um pai abusivo enquanto luta por manter uma identidade musical na era do Spotify e dos hits de verão.
Certa noite e depois de um concerto, descobre a jovem e talentosa Ally — interpretada por Lady Gaga — que canta covers famosas nos intervalos do trabalho como empregada de mesa. Tudo o que acontece a seguir é óbvio: eles apaixonam-se, Ally dá-lhe uma paz interior que nunca tinha sentido e Jack transforma-a numa estrela mundial.
A história não é nova. Pelo contrário. “Assim Nasce Uma Estrela” já tinha sido contada outras três vezes no cinema (1976, 1954 e 1937). Desta vez, Bradley Cooper — o ator virado argumentista e realizador — teve o mérito de captar a essência das personagens e colocá-la num contexto de século XXI.
A 5 de junho estreia “Cold War — Guerra Fria”, filme polaco que esteve nomeado para três Óscares no ano passado, incluindo os de Melhor Realizador e Melhor Fotografia. Passa-se nos anos 50 e conta a história de um diretor musical que se apaixona por uma cantora e que a tenta persuadir a escapar da Polónia comunista e a mudar-se para França.
“Exterminador Implacável: A Salvação”, com Christian Bale, Sam Worthington e Helena Bonham Carter, vai poder ser visto a partir de 1 de junho. No mesmo dia estreiam “Underworld: O Despertar” e “The Spirit”
“A Educadora de Infância”, filme de 2018 realizado por Sara Colangelo e protagonizado por Maggie Gyllenhaal, também chega à HBO Portugal em junho. Esta é a história, como o título sugere, de uma educadora de infância que se torna obcecada com um dos seus alunos, que acredita ser um prodígio. Estreia no dia 19.
O cinema português também está em destaque na plataforma de streaming — além dos títulos que já faziam parte do catálogo. A partir de junho vai poder ver, por exemplo, “Mosquito” (10 de junho), uma espécie de “1917” à portuguesa, com as suas naturais diferenças.
O cenário para a narrativa de “Mosquito”, realizado por João Nuno Pinto, é também a Primeira Guerra Mundial. Só que, em vez de se passar nas trincheiras francesas, onde as tropas aliadas enfrentam as alemãs, a ação acontece em Moçambique, na altura colónia portuguesa — porque o enredo se passa precisamente no ano de 1917.
A autoridade do império português fica posta em causa quando as forças armadas alemãs chegam a Moçambique nesse ano. Por isso, são enviadas tropas nacionais para a colónia africana.
Tal como em “1917”, o protagonista é um jovem soldado, que neste caso tem apenas 17 anos — a mesma idade que o avô de Sam Mendes, o luso-descendente Alfred Mendes, tinha quando se alistou no exército britânico para participar na Primeira Guerra Mundial, que na altura era apenas conhecida como a Grande Guerra. As semelhanças não se ficam por aqui: o avô do realizador João Nuno Pinto foi um soldado português que combateu em Moçambique durante a Primeira Guerra Mundial.
A personagem principal é, portanto, Zacarias (João Nunes Monteiro), um rapaz com um patriotismo cego, ansioso pela glória, que se alista para combater nos cenários de trincheiras da Europa — onde muitos jovens portugueses perderiam a vida. Só que o destino troca-lhe as voltas quando esta situação de Moçambique acontece, pelo que ele é um dos enviados nessa comitiva de combate. Contudo, o primeiro embate que tem quando chega não é com os alemãs, mas sim com a malária.
Outro filme português que vai poder ver é “Diamantino”. Gabriel Abrantes juntou-se ao americano Daniel Schmidt para criarem esta produção, que estreou na Semana da Crítica no Festival de Cannes. O filme é uma paródia delirante sobre o mundo do espetáculo. O protagonista Carloto Cotta interpreta um futebolista em decadência a viver no seu palácio na Madeira (e tem várias semelhanças e paralelismos com Cristiano Ronaldo).
Perdido e desorientado, entra numa odisseia em que vai ter de lidar com problemas muito diferentes — desde a crise dos refugiados às modificações genéticas, passando pelo fascismo moderno e os abusos das suas irmãs gémeas maléficas. “Diamantino” foi considerado pelo site especializado Rotten Tomatoes como um dos melhores filmes de 2019. Estreia na HBO Portugal a 5 de junho.
Assista ainda a “Linhas Tortas”, projeto realizado por Rita Nunes e protagonizado por Joana Ribeiro. Neste filme, interpreta Luísa, uma jovem atriz que conhece uma pessoa no Twitter e começa uma relação virtual. Só que nem tudo vai correr bem.
A HBO Portugal vai ainda estrear produções como o clássico “E.T. — O Extra-Terrestre”, “Focus”, “Faz-te Homem”, “Space Jam”, “Save The Last Dance 2”, “Hairspray”, “Asiáticos Ricos e Doidos”, “Verão 1993” ou “O Agente da U.N.C.L.E.”.
Em relação aos conteúdos pensados para os miúdos, não perca novidades como “Agente Binky”, “DC Superhero Girls”, “Acampamento Mágico”, “A Ilha do Herói”, “Conquista a Lua!”, “Balbúrdia na Quinta”, “O Filme LEGO”, “Looney Tunes: De Novo em Ação” ou “Hotel para Cães”.
Vale ainda a pena destacar a série documental “I’ll Be Gone in the Dark”, que estreia a 29 de junho. Centra-se num assassino responsável por mais de 50 violações e 12 homicídios, que aterrorizou a Califórnia ao longo dos anos 70 e 80. Neste projeto há entrevistas com algumas das vítimas e as respetivas famílias, retratando uma época em que os crimes sexuais eram muitas vezes escondidos por vergonha.