Personagens que viajam no tempo entre séculos e através de Inglaterra e da Escócia. “Outlander” é uma das séries do momento — especialmente no Reino Unido e nos EUA, onde tem sido bem recebida pela crítica — mas também em Portugal. A terceira temporada estreia em Portugal este domingo, 17 de setembro, pelas 23 horas, no TVSéries.
A antestreia mundial da terceira temporada aconteceu em Lisboa, nos cinemas do Centro Comercial Vasco da Gama, a 5 de setembro. Várias dezenas de fãs esperaram em fila para ver o que acontecia com as suas personagens favoritas. Talvez Sophie Skelton — que interpreta Brianna Randall Fraser — ainda não seja uma delas, já que só apareceu no último episódio da segunda temporada, mas para lá caminha.
A britânica de 23 anos, nascida em Cheshire, tem o papel da filha de Claire Randall (Caitriona Balfe, que interpreta a personagem favorita de Sophie Skelton) e Jamie Fraser (Sam Heughan), um casal que nesta terceira temporada está separado no tempo — ela no século XX, nos EUA, e ele no século XVIII, no meio de uma guerra entre rebeldes escoceses e ingleses. Brianna foi concebida no século XVIII, mas só nasceu no século XX — as aventuras das viagens no tempo resultam nisto.
Há vários anos que Sophie Skelton tenta fazer parte do elenco de “Outlander”, uma produção inspirada nos livros publicados nos anos 90 da americana Diana Gabaldon. “A série ainda não tinha estreado [no início de 2014], mas comecei a ler os livros para me preparar para o casting da Brianna”, conta à NiT pelo telefone. “E depois nada aconteceu durante um ano.”
Continuou a seguir a série à distância depois da estreia, até porque Brianna ainda não fazia parte da história. “Eu conhecia pessoas que eram fãs e comecei a ver bastante para assimilar as características da personalidade da Brianna. Claro que também era divertido, mas via a série com um ponto de vista de trabalho. Li até ao quarto livro. Mas não quis ler mais porque a Brianna muda muito ao longo da história, com várias mudanças de personalidade, e eu queria ter a certeza de que não ficava demasiado à frente. Como atriz nunca queres saber mais do que a tua personagem sabe.”
Além disso, nos livros Brianna tinha-se desenvolvido de forma diferente como personagem. “Sempre adorei a Bri dos livros. Ela tem o temperamento fogoso do Jamie, mas é muito divertida. Foi um bocado alterada para a série, de forma consciente, porque queríamos tornar a Brianna um pouco mais dura, e criar tensão na relação entre ela e a Claire. Por isso, temos um lado muito leve e divertido de Brianna, mas isso acaba ao longo que a temporada avança.”
No final da segunda temporada, Brianna descobre quem é o pai biológico — Jamie — e não Jack Randall (Tobias Menzies), o homem que a ajudou a criar. “Ela fica mais madura com esta informação, mas o que vamos ver de diferente é que ela perde a confiança nela. Começa a questionar partes da sua personalidade e fica insegura. Está a ter uma crise de identidade.”
Já Sophie Skelton vai ter um dos papéis com mais destaque da jovem carreira, que começou aos 15 anos no mundo da televisão e cinema. Tinha 18 quando fez a primeira participação mais relevante, na série “DCI Banks”. Veio do teatro, mas prefere as câmaras ao palco. “É uma forma muito diferente de atuar. É mais discreto e parece mais natural.” Começou a fazer performances como bailarina, com apenas três anos.
Gosta de dramas de guerra, e de velhos clássicos — um dos seus filmes favoritos é “O Resgate do Soldado Ryan”. Na televisão, prefere séries mais recentes. “Não é fácil encontrar tempo para me relacionar a sério com um programa de televisão, mas recentemente vi “Big Little Lies”, uma grande série.”
Tem o objetivo de contracenar com atores mais experientes com quem conseguisse aprender. “Acho que gostava de trabalhar com atores experientes como a Helen Mirren ou a Meryl Streep. Ver como é que elas fariam as coisas, seria ótimo.”
Terminamos com uma viagem no tempo, tal como em “Outlander”. Se pudesse viajar, para quando iria? “Provavelmente para os anos 20. Porque a guerra tinha acabado e toda a gente estava a aproveitar mesmo a vida, penso eu. Parecem-me uns anos divertidos.”