Mais de 25 anos desde o fim de “Star Trek: A Geração Seguinte” e 18 anos depois de o vermos no filme “Star Trek: Nemesis”, Patrick Stewart está de volta como Jean-Luc Picard. O ator assumiu, durante muito tempo, o papel de comandante da nave Enterprise.
É uma personagem de confiança, generosa e nobre, inteligente e cheia de ideais, que regressa para “Star Trek: Picard”. A primeira temporada desta nova série — original da americana CBS All Access — está disponível em Portugal na plataforma de streaming da Amazon Prime a partir desta sexta-feira, 24 de janeiro. Tem dez episódios.
Apesar de esta saga ter sido originalmente criada em 1966, a nova série é feita para os antigos fãs, claro, mas também para o público que não está familiarizado com este icónico universo de ficção científica.
Tal como na vida real, a história começa 18 anos depois de “Star Trek: Nemesis” — o último filme com as personagens de “A Geração Seguinte”. Jean-Luc Picard está reformado. Não porque quis, mas porque foi forçado a tal, após um desastre em Marte cujos detalhes vão sendo desvendado ao longo dos capítulos.
A muitos quilómetros de distância da vinha onde Picard se instalou durante a reforma, está uma jovem mulher chamada Dahj. Ela está a ser perseguida por assassinos — por motivos desconhecidos —, mas há duas coisas que se tornam rapidamente muito claras: Dahj tem alguma coisa de especial e Picard é o único que a pode ajudar. Por isso, não demora muito até lhe aparecer à porta.
A narrativa divide-se sobretudo em dois mistérios. Um deles desenrola-se no passado, mais focado no que afinal aconteceu em Marte, e outro no presente, relacionado com a identidade de Dahj.
O enredo sugere que os dois mistérios estão interligados, até porque Picard está no centro de ambos, e ao longo dos episódios vai sendo revelada a ligação.
Tal como sempre aconteceu em “Star Trek”, muitas destas histórias que se passam numa realidade completamente diferente (e fictícia) são metáforas para o mundo e a sociedade real. Picard, uma personagem de grandes ideais, vai refletir sobre muitos temas com que todos nós nos conseguimos identificar.
Como é que, num mundo em que a humanidade aprendeu a cooperar para construir um futuro melhor e mais feliz, podemos estar sempre a poucos passos da ascensão de um regime autoritário? Será que a Starfleet sofreu uma recaída porque teve como prioridade os jogos políticos e menos a vida das pessoas?
Felizmente, todas estas questões prometem ter uma resposta minimamente simples e coerente tendo em conta o enredo. E isso não significa que tudo seja linear: Picard tanto pode admitir que as instituições falham como as defende pela sua importância enquanto serviço público.
Nesta série regressam algumas personagens icónicas de “Star Trek”, mas também há espaço para novos protagonistas. O elenco inclui ainda Santiago Cabrera, Alison Pill, Isa Briones, Harry Treadaway e Michelle Hurd.