Banksy é, provavelmente, a figura sem rosto mais conhecida de todo mundo. Todos reconhecem o seu trabalho, pertinente, ousado e sempre inesperado, mas, devido à natureza por vezes ilegal dos locais que usa para criar, ninguém conhece a verdadeira identidade do street artist.
Certo é que Banksy cria normalmente na rua, e que as suas obras de arte estão disponíveis para todos verem. Algo que sempre se recusou foi vender merchandise oficial.
Foi então com grande surpresa que quem passou na Church Street, em Croydon (Inglaterra) esta terça-feira, 1 de outubro, viu aquilo que aparenta ser uma loja de decoração de Banksy.
A razão para esta abertura deve-se a uma disputa legal com uma empresa de postais. Segundo uma lei em vigor no país, se um artista não vende produtos oficiais, outras empresas podem fazê-lo sem pagar direitos de autor.
“Uma empresa de postais está a contestar a minha marca registada. É uma tentativa de tomar posse do meu nome para venderem o seu merchandise Banksy falso de forma legal”, afirma o artista em comunicado, citado pelo jornal “Guardian”.
A loja do artista, Gross Domestic Product, estará a vender produtos durante as próximas duas semanas, no entanto não vai abrir as portas. Todas as vendas serão feitas online, sendo o local apenas como uma montra.
O merchandise é descrito pelo próprio como “impraticável e ofensivo” e inclui uma bola de espelhos feita com capacetes usados da polícia. Estarão também à venda almofadas com a frase “A vida é curta demais para seguir conselhos de uma almofada” e lápides onde se pode ler “Chegaste agora ao teu destino”.
No espaço que será iluminado 24 horas, estarão também réplicas do colete de balas que Banksy criou e que o rapper Stormzy usou na sua atuação como cabeça de cartaz no festival Glastonbury este ano.