A incerteza que pairava de novo sobre a coleção portuguesa dos quadros de Miró parece ter terminado rapidamente. Depois do sucesso que a exposição tem tido em Serralves, onde está desde 30 de setembro, foi anunciado que os quadros do pintor espanhol irão ficar na fundação do Porto até 4 de junho. A exposição estava prevista para encerrar este sábado, 28 de janeiro.
Desde a inauguração de “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose”, passaram pela exposição cerca de 95 mil visitantes.
O objetivo, a longo prazo, é que esta coleção de 85 obras — avaliada em 35 milhões de euros pela Christie’s, uma das maiores leiloeiras do mundo — fique em exposição permanente na Casa de Serralves, mas vão ter de ser feitas obras no espaço, que precisa de adaptações. Só deverá acontecer em 2018, num projeto do arquiteto Álvaro Siza Pereira.
A história dos quadros de Miró é complicada: tornaram-se do Estado português quando o Banco Português de Negócios (BPN) foi nacionalizado, em 2008, quase foram vendidos num leilão em Londres, no Reino Unido, até terem ido parar à Casa de Serralves, no início de outubro.
As obras são de toda a carreira de Miró, com trabalhos feitos entre 1924 e 1981, dois anos antes de o artista morrer. Além de pinturas, há desenhos, esculturas, tapeçarias e trabalhos que cruzam várias vertentes artísticas.
Nem a Tate Modern, em Londres, ou o MoMA, em Nova Iorque, nos EUA, conseguem reunir tantas obras do pintor catalão. Os bilhetes para visitar a exposição custam 11€.