O streaming parece ser a nova mina de ouro do mercado. A Netflix é a líder global e a HBO, que já produz séries e filmes há vários anos, adaptou-se a esta nova forma de consumir conteúdos. As grandes empresas também não querem ficar de fora. Este mês, a Disney, que é dona da Marvel e comprou a Fox, vai lançar o Disney+ (já no dia 12 nos EUA — ainda não há data para Portugal).
A Amazon criou o serviço Prime, o Facebook e o YouTube começam a apostar nas respetivas produções originais e agora é a Apple que se junta ao mercado com o lançamento da Apple TV — que ficou disponível na sexta-feira, 1 de novembro, em mais de cem países.
Em Portugal, o serviço tem um custo de 4,99€ por mês, sendo que a primeira semana é gratuita. Se comprou um produto da Apple depois de 10 de setembro, tem direito a um ano de acesso gratuito. Se quiser comprar o serviço logo por um ano, fica por 49,99€.
Além disso, tal como todos os equipamentos da empresa de Steve Jobs, vai ser mais fácil criar uma conta e usar a plataforma se já for um cliente fiel da marca. Se não, tem de criar um Apple ID e juntar-se à família. Pode ser acedida através de todos os produtos da Apple ou pela Internet — há uma app disponível.
A grande aposta da Apple TV são os conteúdos exclusivos e originais — em que a empresa já investiu milhões e milhões de euros. O objetivo não é ter um grande catálogo como a concorrência, que possa servir como substituto à televisão tradicional (sendo que as operadoras e canais já têm os próprios serviços extra). Ou seja, a Apple está a tentar diferenciar-se pela qualidade, e não pela quantidade.
A questão é que até ao momento a Apple TV só tem oito conteúdos disponíveis. As séries têm três episódios para ver — sendo que o modelo é mais HBO, com um capítulo por semana, e menos Netflix, que disponibiliza as temporadas todas de uma só vez.
Comecemos pelos conteúdos que já se pode ver. “The Morning Show” é uma das principais séries neste lançamento da Apple TV. É um drama sobre os bastidores de um noticiário matinal de televisão, gravado em Nova Iorque, e o elenco inclui Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell — e promete ter uma perspetiva bastante obscura sobre este mundo.
Outra delas é “See”. Trata-se de uma ideia original do criador de “Peaky Blinders”, Steven Knight, que se juntou ao realizador Francis Lawrence (de “Jogos da Fome”) para esta produção.
Jason Momoa e Alfre Woodard são as estrelas do elenco nesta história que se passa num futuro longínquo, quando os humanos perderam a visão e arranjaram outras formas de interagir e sobreviver. Mas esse mundo fica em risco quando dois gémeos nascem com o dom da visão. Já foi encomendada uma segunda temporada.
Também há “Dickinson”, uma série histórica em que Hailee Steinfeld interpreta uma jovem Emily Dickinson, a poetisa americana. Espreite ainda “For All Mankind”, uma história de época que se passa numa realidade paralela em que a União Soviética venceu a corrida à Lua, chegando lá primeiro, o que provocou uma série de crises internas nos EUA e na própria NASA. “Escritor Fantasma” é outra hipótese, uma aventura juvenil (e com um universo literário) sobre quatro amigos que têm várias aventuras com um fantasma.
O primeiro documentário da Apple TV é “A Rainha Elefante”. Foca-se, como o título sugere, numa mãe elefante que percorre as longas e áridas savanas africanas em busca de água para a cria. É uma produção para descobrirmos mais sobre estes animais.