É um dos grandes destaques da edição deste ano do prestigiado Festival de Cinema de Cannes e, além disso, um dos filmes mais esperados de 2019. “Era Uma Vez… em Hollywood”, o próximo projeto de Quentin Tarantino, foi exibido no evento em França a 21 de maio — teve direito até a aplausos de pé durante seis minutos — e foram publicadas as primeiras críticas em jornais e revistas internacionais.
A história passa-se durante a época de ascensão do clã do criminoso Charles Manson, no final dos anos 60. Conta a história de Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), estrela de uma série western, e do seu duplo, Cliff Booth (Brad Pitt).
O elenco inclui ainda Margot Robbie, Al Pacino, Dakota Fanning, Kurt Russell, Timothy Olyphant, Tim Roth, Damian Lewis, James Marsden e Luke Perry, que morreu no início de março. Em Portugal, a estreia nos cinemas está marcada para 8 de agosto. Esta terça-feira, 21 de maio, foi divulgado um novo trailer.
O filme está a ser bastante elogiado pela crítica especializada. O jornal “The Guardian” compara-o a “Sacanas sem Lei” e “Pulp Fiction”, outras obras de Tarantino. O texto diz que é “chocante” e que agarra o público com força e de uma forma soberba.
O crítico Peter Bradshaw deixa o aviso. “As opiniões vão dividir-se sobre o início do filme e sobre o final que é espetacularmente provocante.” Vai haver horror, crueldade e um certo grau de alucinação.
O jornal “The Telegraph” também não poupou os elogios. “É o nono filme extraordinário-sem-parar de Tarantino, é a tarantinificação dos acontecimentos horríveis” dos assassinatos de Charles Manson. Desdobra-se com uma “toxicidade alegre” e como “a sequência mais chocante na carreira de Tarantino”.
“É um grandioso parque de diversões para o realizador continuar a dar fetiches à antiga cultura pop, para partir coisas e magoar pessoas, e para trazer uma sensação robusta de perversidade à arte de fazer cinema”, escreve o site de notícias “The Wrap”.
A dupla de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt também tem recebido inúmeras críticas positivas. “O par é simplesmente magnífico. São dois dos melhores atores das suas gerações e com estes diálogos e personagens incríveis, além de todo o contexto e cenários, estão no topo da sua forma”, escreve o blogue “Slash”.
Um exemplo de uma crítica menos positiva é a da “IndieWire”, que diz que o projeto tem uma conclusão “apressada” e “que não tem um enredo assim tão bom”. A revista descreve-o como “o filme mais estranho de Tarantino”.