Bernardo Bertolucci, realizador italiano responsável por obras icónicas como “Último Tango em Paris” ou “O Último Imperador” — que ganhou nove Óscares da Academia — morreu esta madrugada em Roma, Itália, aos 77 anos. A notícia foi avançada pela sua agente, Flavia Schiavi, que adiantou que o cineasta não resistiu a um cancro.
Bertolucci é considerado um dos realizadores mais influentes do mundo, e uma força maior do cinema italiano, tendo conseguido realizar filmes aclamados tanto na Europa como em Hollywood.
“O Último Imperador”, uma adaptação da autobiografia do último governante imperial da China, Pu Yi, é talvez o seu filme mais conhecido, tendo conseguido praticamente todos os Óscares de Hollywood, no ano de 1987.
Mas Bertolucci, nascido em Parma em 1940, deixa muitas outras obras icónicas, como “Conformista“, “O Último Tango em Paris“, “La Luna” e “O Pequeno Buda“.
O realizador nasceu no seio de uma família próspera, com uma mãe professora e um pai poeta e escritor de renome em Itália, que também trabalhou como crítico de cinema.
O seu estilo muito pessoal, arrojado e sem filtros foi o que o tornou famoso e influente, mas há dois anos uma revelação sua lançou a polémica no mundo do cinema. Isto porque, numa entrevista, o realizador revelou que alguns detalhes da famosa cena de esturpo com manteiga, de “O Último Tango em Paris”, entre Marlon Brando e Maria Schneider, não foram explicados à atriz até ao momento das filmagens, a fim de garantir uma reação mais espontânea dela. Depois de instalada a polémica, o realizador veio esclarecer que a entrevista tinha sido tirada de contexto e que a jovem protagonista estava a par de tudo na cena, menos do facto de ser usada manteiga.
“Beleza Roubada” e “Assédio” são outras das obras mais marcantes do realizador.