Os ensaios duraram quase quatro meses e as filmagens dois, houve cenas feitas com mais de 40ºC e takes de dança repetidos sem intervalos porque só havia 30 minutos de luz. No final, tudo valeu a pena e “La La Land: Melodia de Amor” está a recuperar o investimento — nem sequer estamos a falar dos 173,5 milhões de euros que já fez em bilheteira. Esta terça-feira, 24 de janeiro, o filme conquistou 14 nomeações para os Óscares, feito apenas conseguido por “Titanic” e “Eva”, e já tem no currículo sete Globos de Ouro, o máximo para um único projeto até agora.
Ironicamente, a história de amor de Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling) — que estreia em Portugal na quinta-feira, 26 de janeiro — quase não chegava ao cinema. Damien Chazelle, o realizador, e Justin Hurwitz, o compositor, tiveram a ideia quando ainda estavam em Harvard, desenvolveram uma tese e até fizeram um musical de baixo orçamento, “Guy and Madeline on a Park Bench”, sobre um músico de Boston. Tudo só se concretizaria seis anos mais tarde depois de outro sucesso da dupla, “Whiplash — Nos Limites”.
Para inspirar todos aqueles que trabalhavam no filme, Chazelle organizou sessões de cinema às sextas-feiras à noite, onde passavam “Os Chapéus de Chuva de Cherburgo”, “Serenata à Chuva” e “Jogos de Prazer”. A ideia dele sempre foi “pegar no musical antigo mas assentá-lo na vida real onde as coisas nem sempre funcionam”.
Emma Watson e Miles Teller foram inicialmente confirmados como protagonistas, o guarda-roupa tem peças de designers mas também tops de 5€, e Ryan Gosling nem sequer precisou de duplos — todas as músicas ao piano são tocadas por ele. Para conhecer estas e outras histórias incríveis dos bastidores de “La La Land: Melodia de Amor”, carregue na imagem.