O festival de cinema fantástico do Porto — o Fantasporto —, está de volta para a edição com o orçamento mais reduzido de sempre. Arranca esta terça-feira, 20 de fevereiro, com o filme “Marrowbone”; e prolonga-se até 4 de março.
Em relação a 2017, a redução do orçamento é de cerca de 40%, disse numa conferência de imprensa um dos diretores do festival, Mário Dorminsky. São as verbas menores dos patrocinadores que fazem a diferença e não o financiamento do Instituto do Cinema e Audiovisual, que é praticamente igual.
O programa inclui várias antestreias europeias e mundiais, exibições de dezenas de longas e curtas-metragem, de 60 países, e alguns convidados internacionais. Todas as sessões, sejam de histórias de terror, drama ou thriller, acontecem no Teatro Rivoli. E há uma retrospetiva especial dedicada ao cinema de Taiwan.
Os bilhetes estão à venda por 5€ (para cada sessão) e os estudantes só pagam 3,75€. Um bilhete para duas pessoas fica por 8€ e o passe geral, com acesso a todas as sessões do Fantasporto, custa 100€. A NiT sugere-lhe alguns dos filmes para ver no festival — em alternativa, consulte a programação completa.
Os filmes que não pode perder
“Marrowbone”, Sérgio G. Sanchez (20 de fevereiro, 21h15)
A sessão de abertura do Fantasporto está marcada para as 21h15 e é do novo filme do realizador espanhol Sérgio G. Sanchez. Participa o ator Charlie Heaton, de “Stranger Things”, nesta história que foi nomeada para os Prémios Goya e esteve na seleção dos festivais de Toronto e San Sebastián. Quatro irmãos vivem num palacete sinistro que está ameaçado por uma presença estranha.
“Anna Karenina: Vronsky’s Story”, Karen Shakhnazarov (23 de fevereiro, 20h30)
É a sessão de abertura das secções competitivas. Neste filme, o filho de Anna Karenina — a famosa personagem criada por Leo Tolstoi, uma mulher casada que se envolve com um oficial do exército — quer saber porque é que Vronsky arruinou a vida da mãe.
“November”, Rainer Sarnet (1 de março, 21h30)
O grande problema dos habitantes de uma aldeia é sobreviveram ao longo e severo inverno. Para conseguir sobreviver, vale tudo: as pessoas roubam-se umas às outras, roubam aos senhores feudais, roubam aos espíritos e, se preciso, até a Jesus Cristo. É uma co-produção entre a Estónia, Holanda e Polónia.
As antestreias
“Budapest Noir”, Éva Gárdos (22 de fevereiro, 19h15; 24 de fevereiro, 19 horas)
Este drama, que está em antestreia europeia, é sobre um homicídio misterioso passado em 1936, em Budapeste, na Hungria. Uma jovem prostituta foi assassinada à pancada, mas, apesar do interesse da imprensa, ninguém quer investigar o crime. Passa-se numa época em que o país se prepara para se aliar à Alemanha de Hitler.