Fundada em 1920 por Salvador Tous Blavi e Teresa Ponsa Mas, a Tous é uma das marcas de joias e acessórios mais conhecidas do mundo. Porém, desta vez não está a ser comentada pelas melhores razões. Em causa está uma denúncia que diz que as joias banhadas a prata e ouro têm o interior preenchido com outros materiais, de forma a baixar os custos de produção.
A acusação foi feita pela associação de consumidores Consujoya, que alega ter encontrado peças num material não metálico dentro dos conhecidos pendentes em forma de urso. O Tribunal Nacional espanhol já está a par da situação e abriu um processo contra a empresa por publicidade enganosa e fraude.
Esta quinta-feira, 23 de janeiro, foi tornado público o relatório da Guardia Civil, citado pela “TVI24“. Segundo a publicação, “a marca não está a cumprir a lei ao vender joias de luxo com o interior preenchido com material não metálico”. Esta prática é “ilegal, uma vez que o preenchimento de peças de metais preciosos é permitido apenas em três casos que não correspondem aos estudados”.
O caso está entregue ao juiz Santiago Pedraz que na manhã de quarta-feira, 22, já interrogou o representante da empresa e o do laboratório de Barcelona Applus Laboratories, que certifica a qualidade das joias da marca.
Por seu lado, José María Bosch, diretor-geral da Tous, reconheceu perante o tribunal, que “as peças de prata da marca são preenchidas com um material semelhante ao metacrilato”. Alegou ainda que esta é uma técnica permitida por lei e apresentou recurso.
A Associação Espanhola de Joalheiros já enviou um comunicado à imprensa a defender a marca de joalharia. Diz que a tecnologia usada pela Tous “é comum, normal e habitual no setor”.