Catarina Laborim aprendeu a fazer roupa em 2015 com a mãe, que dá aulas de costura na sua loja no Porto (a Panopramantas). Depois de conquistar algumas noções básicas, ficou com vontade de criar uma marca própria onde pudesse vender peças simples, com um tamanho único que ficasse bem em vários tipos de corpos — e foi esse o conceito base da La Luna, que lançou nesse mesmo ano.
Começou por vender apenas camisas, todas feitas à mão com o mesmo molde: a única coisa que mudava eram as cores e os padrões. “Comecei por vender no Festival Andanças, o primeiro que fiz sozinha, e depois fui para o Músicas do Mundo, em Sines”, explica à NiT.
Durante algum tempo, os festivais de verão eram o único sítio onde era possível comprar uma camisa da La Luna. Catarina falava “com imensas pessoas, de imensos lugares”. Pensou algumas vezes em falar com lojas, mas acabou por nunca levar essa ideia para a frente porque, diz sempre fez questão de ter um contacto próximo com os clientes.
A marca começou apenas com um tamanho único, uma camisa que assentava bem em vários tipos de mulheres. Dois anos mais tarde decidiu lançar também camisas para homem, que acabaram por se tornar num modelo “sem género”, usado por todos. Em 2019, a sua irmã Inês juntou-se ao projeto e as duas juntas começaram a trabalhar mais a comunicação online e a vender também nos Selina do Porto e do Gerês — em breve vão estar em todos os espaços da cadeia no País.
“Como a minha irmã vive metade do tempo no Brasil estamos a tentar chegar também ao espaço de São Paulo”, revela ainda. Neste momento, quem estiver no Rio de Janeiro já pode encontrar a La Luna no Selina da cidade.
Catarina tem 33 anos e estudou Animação e Produção Artística em Bragança. Já Inês é fotógrafa e estudou no Brasil. Agora, as irmãs dedicam-se em conjunto a fazer crescer a marca que, até há bem pouco tempo, era apenas um part-time.
“Para a La Luna a quarentena foi boa”, conta Catarina. Durante o confinamento, a criadora teve a oportunidade de se dedicar mais ao projeto: “Só vendíamos no verão e em festivais, mas agora é uma marca nova, que renasceu e passou para outros formatos”.
Além de terem lançado uma nova coleção feita em linho, as irmãs começaram a vender este mês propostas para os miúdos dos 6 aos 12 anos. Nunca fazem muitas peças no mesmo padrão, até porque querem que todas sejam únicas. “Mesmo usando o mesmo tecido ficam diferentes, por serem feitas à mão”.
As camisas de criança custam 25€, as de mulher 30€ e as sem género ficam a 40€. Os tecidos são comprados em Portugal e compostos por viscose e algodão. A ideia será produzir alguns modelos com materiais mais ecológicos.
Todo o processo de produção é feito de forma familiar: além de Catarina, há uma mulher que a ajuda com as costuras (a Mónica), já que se tornou “impossível” dar vazão a todos os pedidos sozinha. Entre os miúdos que fotografaram a campanha, também é possível ver o próprio filho a fazer de modelo. É realmente uma empresa familiar.
As camisas estão à venda nos hotéis Selina, no Instagram da marca e no Etsy, mas também pode fazer encomendas mais personalizadas pelo número de telefone 916 541 031.
A seguir, carregue na galeria para conhecer as propostas da nova coleção da La Luna para os miúdos.