Decoração

Loiça portuguesa low cost vai invadir mercado na Margem Sul este domingo

As cerâmicas da Ó Da Casa são um sucesso por todo o País. Há pacotes que chegam a custar apenas 5€.
Participam em 5 mercados mensais.

Nos últimos anos, Carlos Costa e Hélia Santos têm percorrido vários mercados da Margem Sul com as cerâmicas Ó Da Casa, o negócio que fundaram em 2019. As bancas atraem clientes de todo o País: alguns chegam de Barcelos de propósito para escolherem as melhores loiças do casal, escolhidas a dedo em fábricas nacionais.

Atualmente, o casal, com 46 e 42 anos, respetivamente, participa em cinco mercados mensais a sul do Tejo: Azeitão, Abrunheiras, Pinhal Novo, Coina e Corroios. É nesta última localização, mais precisamente no Parque Urbano Quinta da Marialva, que poderá comprar cerâmicas de qualidade no próximo domingo, 23 de fevereiro.

As peças são vendidas à unidade, mas os valores são ainda mais atrativos porque são criados packs. Nestes eventos, costumam ter um conjunto de três pratos, por exemplo, pode ser comprado a 5€. Há ainda jarras que custam, em média, 5€, e muitos elementos decorativos que raramente ultrapassam os 20€.

“Tentamos ter um pouco de tudo, porque recebemos pessoas de todas as faixas etárias”, contou Carlos à NiT. Das míticas couves a propostas mais minimalistas, com linha depuradas e tons claros, dividem-se entre as loiças mais clássicas e aquelas que vão chamar um público mais jovem.

Todas as peças disponíveis são excedentes de fábricas localizadas nas Caldas da Rainha, Alcobaça e Aveiras, que o casal adquire em grandes quantidades. “Existem peças de segunda escolha e outras que obtemos de um artesão da região que produz artigos de primeira qualidade.”

Além dos mercados, Carlos e Hélia abriram, em agosto, a primeira loja física da Ó Da Casa nas Caldas da Rainha. Quem lá aparece encontrarão um dos membros do casal, ou uma das filhas, a oferecer o mesmo atendimento e variedade que os tornaram conhecidos nos mercados.

Como tudo começou

O casal das Caldas da Rainha chegou a ter um negócio na área da cafetaria, mas decidiram regressar às raízes e apostar na tradição. Afinal, a região onde nasceram é conhecida pela produção cerâmica, como as icónicas “Caldas” de Rafael Bordalo Pinheiro ou as faianças.

Quando os pais de Carlos começaram a fazer mercados em 1999, ele começou logo e a ajudá-los no negócio de família. Porém, só em 2019 é que decidiu arriscar com a mulher e fazer as suas próprias vendas. Volvidos três anos, deram um nome ao projeto e lançaram-se no digital.

“As pessoas procuram-nos pela simpatia, mas também pela relação entre qualidade e preço”, afirmam à NiT. “Sem que estivéssemos à espera, começámos a ter muitas pessoas a divulgar a nossa página e a ter muitos seguidores que se tornam fiéis porque gostam de nós.”

A decisão de não vender por encomenda é fácil de explicar. “Já tivemos a experiência e correu mal, porque as peças chegam partidas”, diz Carlos. “E gostamos de ter o contacto com o público, de responder a todas as questões e mostrar cada artigo.”

Até ao momento, ainda não encontraram nenhum mercado em Lisboa onde possam participar. “A maioria foca-se em moda e acessórios”, refere, mas é uma opção que não excluem se surgir a oportunidade.

Porém, a distância não é um problema para quem está atento à agenda da Ó Da Casa para descobrir quando é o mercado seguinte. Se der chuva para o dia, Carlos e Hélia reparam que as pessoas vão ter com eles sem fazer caso do mau tempo. Essa é uma das motivações para os dias longos.

Dado o sucesso, o casal tem equacionado formas de fazer as vendas por correio. Até lá, vão continuar a ir ao encontro dos clientes — da mesma forma que eles têm ido ao encontro da Ó Da Casa nos últimos anos. Pode acompanhar a agenda mensal da marca através da página de Instagram.

Carregue na galeria para ver exemplos de algumas das peças que pode encontrar à venda nos mercados da marca.

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