Uma história simples, que, no entanto, acabou por se revelar complexa, foi o que se pode assistir naquele que foi o último desfile do segundo dia de ModaLisboa, este sábado, 8 de outubro.
Dino Alves é conhecido pelas suas propostas arrojadas, sempre escondidas por detrás de conceitos que pretendem tocar na consciência humana. Esta coleção não é exceção.
Passada no planeta Terra, e tendo como protagonista a natureza, a coleção reflete um futuro próximo, preocupante e assustador, que deveria alertar para a consciencialização dos seres humanos, no geral, de forma a garantir um futuro não trágico para as gerações futuras.
As peças apresentadas repartem-se entre folhos, pedaços de tule, transparências, e ainda efeitos gráficos de sinalética de perigo. As cores seguem a ideia, sendo que Dino Alves faz questão de contrastar tons da natureza com cores químicas e industriais.
Na história vista em passerelle, os visuais começam por surgir na sua forma mais esplendorosa e vão definhando, secando, apodrecendo, até deixarem de existir, extinguindo-se. A metáfora é demonstrada através desta alteração gradual das cores e materiais. No final, a poeira levanta literalmente, passando a ideia de cinzas, pó. Ao fim e ao cabo, da temida destruição.
Para conhecer algumas das propostas do criador, carregue na imagem acima.