As mudanças não foram tão rápidas como em qualquer programa do “Querido, Mudei a Casa” ou “Pesadelo na Cozinha”, mas em poucas semanas o Oliver Avenida, o mais antigo restaurante do chef Oliver da Costa em Lisboa, mudou de nome, decoração e conceito. Agora, é simplesmente Olivier. Mantém-se na Avenida Liberdade, junto antigo hotel Tivoli Jardim, mas o famoso quadro da caveira saiu para entraram andorinhas na sala onde passou a servir uma cozinha de autor com um toque caseiro e virado para a partilha.
“Procurámos um novo conceito que fosse muito às origens, dos pratos que eu gosto de comer, sem esquecer claro a linha Oliver”, explica à NiT o chef num dos primeiros jantares que o restaurante recebeu. O restaurante está em soft opening desde sexta-feira, 5 de maio. Durante uma semana toda a cozinha mudou-se para o Petit Palais, outros dos restaurantes de Oliver perto da Avenida da Liberdade, para afinar as receitas.
“Houve pratos que ficaram, mas a maioria são novidades pensadas para partilhar.” O menu tem mesmo uma nova seção. Chama-se “Para Partilhar” e por lá pode encontrar sugestões como cogumelos Portobello recheados com espargos verdes e gorgonzola (6€), as batatas bravas com maionese picante (6€), a alheira de caça com grelos e ovo de codorniz (6€), ou a empadinha de galinha com tártaro de tomate (6€).
“O preço médio baixou bastante. Apesar dos pratos serem mais acessíveis, mantém-se a linha de autor.” Novos são também os diferentes carpaccios das entradas, como o de melão, novilho e foie gras, mas também uma nova massa que tanto serve de prato ou acompanhamento. “Por mim comia esta massa todos os almoços e jantares.” É a Massa da Minha Tia Carolina (13€), está assim descrita no menu.
“Era um dos pratos que a minha tia fazia que eu mais gostava. Ela nunca me deu a receita, mas fiz uma versão à minha maneira.” Olivier tem outros chefs a trabalhar na cozinha, mas neste prato é apenas ele quem mexe.
“A massa, o molho de tomate e o pesto sou só eu que faço. Vai ser sempre assim para não haver diferenças nos vários dias. Sempre que tinha uma namorada, apresentava este prato. Era uma boa opção para a conquistar.”
O que também promete conquistar os clientes é a esplanada no exterior do hotel com capacidade para 35 pessoas. Quando a NiT passou por lá ainda não estava concluída, mas Olivier garante que “vai ser o spot do verão”. Os cocktails do bar à entrada e a música — um hábito noutros espaços do chef — vão ajudar.
O Olivier, projeto que tem há nove anos, passou da Rua do Alecrim para o antigo Tivoli Jardim em 2013. Foi inicialmente decorado pela irmã de Olivier, Sofia Costa, que ficou à frente da renovação do restaurante. O Olivier passou a ser um espaço romântico com papel de parede florido e andorinhas de loiça no teto. Continua a poder fumar-se neste restaurante com capacidade para 70 pessoas. A abertura da esplanada permite manter o horário contínuo entre os almoços e jantares.
Carregue na foto para conhecer alguns dos pratos do novo Olivier.