Os responsáveis pelo Guia Michelin bem avisaram e o resultado está aí: Portugal ganhou nove novas estrelas. William, Casa de Chá Boa Nova, Antiquum, Alma, Loco e LAB entram pela primeira vez no prestigiado guia gastronómico. Já The Yeatman e Il Gallo d’Oro subiram ao patamar das duas estrelas. O L’And recuperou a que havia perdido no ano passado. A gala de apresentação da edição 2017 do Guia Michelin para Portugal e Espanha aconteceu na noite desta quarta-feira, 23 de novembro, em Girona.
Portugal tem agora 21 restaurantes no Guia com um total de 26 estrelas. Sobem para cinco o número de espaços com duas estrelas, uma honra que, até este ano, pertencia apenas ao Ocean, Vila Joya e Belcanto. A grande vitória da noite pertence assim ao chef Ricardo Costa, do The Yeatman, que já tinha uma estrela desde 2012, e ainda ao chef Benoît Sinthon, do Il Gallo d’Oro, que está no Guia desde 2009.
No patamar da estrela única também houve uma melhoria significativa. São agora 16 os restaurantes premiados, com algumas surpresas e confirmações. Henrique Sá Pessoa comprovou o favoritismo à frente da cozinha do seu Alma e o esforço criativo de Alexandre Silva no Loco também parece ter agradado aos inspetores. Mais a norte, também se festeja na Casa de Chá da Boa Nova, o projeto ambicioso de Rui Paula no edifício desenhado por Siza Vieira, e também no Antiqvvm de Vítor Matos, que atingiu o objetivo traçado na inauguração: a conquista da estrela.
O LAB, do chef Sergi Arola, é outra das surpresas. O espanhol ganha assim a primeira estrela em Portugal, depois de ter conquistado outras em Espanha. A lista termina com outras duas novidades não menos importantes: Joachim Koerper ganha uma nova estrela pelo trabalho no William, no Funchal, e torna-se no único chef com duas estrelas em dois restaurantes portugueses; e Miguel Laffan ultrapassa o “soco no estômago” de 2016, recuperando a estrela perdida para o L’And.
Na edição de 2016 do Guia, houve apenas uma nova entrada portuguesa: o Bon Bon de Rui Silvestre, do Carvoeiro. Ao contrário de 2016, Portugal não perde nenhuma estrela. A Grande Lisboa é agora a região com mais estrelas, com sete restaurantes mencionados, destronando assim o Algarve, que manteve as seis que já tinha. A região do Porto e norte têm nesta edição cinco representantes. A Madeira vê subir para dois os restaurantes com estrela. O Alentejo recupera o único representante.
Duas estrelas Michelin:
NOVO The Yeatman (Vila Nova de Gaia), Ricardo Costa
NOVO Il Gallo d’Oro (Funchal), Benoît Sinthon
Ocean (Armação de Pêra), Hans Neuner
Vila Joya (Albufeira), Dieter Koshina
Belcanto (Lisboa), José Avillez
Uma estrela Michelin:
NOVO William (Funchal), Joachim Koerper
NOVO Casa de Chá Boa Nova (Leça da Palmeira), Rui Paula
NOVO Antiqvvm (Porto), Vitor Matos
NOVO Alma (Lisboa), Henrique Sá Pessoa
NOVO Loco (Lisboa), Alexandre Silva
NOVO LAB (Sintra), Sergi Arola
NOVO L’And (Montemor-o-Novo), Miguel Laffan
Bon Bon (Carvoeiro), Rui Silvestre
Casa da Calçada (Amarante), André Silva
Eleven (Lisboa), Joachim Koerper
Feitoria (Lisboa), João Rodrigues
Fortaleza do Guincho (Cascais), Miguel Rocha Vieira
Henrique Leis (Almancil), Henrique Leis
Pedro Lemos (Porto), Pedro Lemos
São Gabriel (Almancil), Leonel Pereira
Willie’s (Vilamoura), Willie Wurger
Carregue na foto para conhecer melhor as novidades do Guia Michelin 2017 para Portugal.