Depois de ser um dos países que melhor travou a batalha inicial contra a Covid-19, a Coreia do Sul está a mostrar dificuldades em ultrapassar a fase de desconfinamento. Este sábado, 9 de maio, na capital da Coreia do Sul, Seul, foram encerrados mais de 2.100 bares e discotecas, depois de aumentarem as infeções com o novo coronavírus – que, segundo as autoridades locais, estão ligadas a pessoas que frequentaram os clubes noturnos.
O presidente da câmara de Seul, Park Wong-logo, anunciou então o recuo na medida de reabertura de bares e discotecas na capital – pedindo às autoridades de todo o país para aplicar medidas idênticas e ajudar a travar o surto do novo coronavírus no país.
Foram então encerrados bares e discotecas depois de serem descobertos cerca de 40 casos de contaminação associados ao facto de milhares de pessoas terem frequentado aquele género de estabelecimentos durante o passado fim de semana.
Citado pelo “The New York Times“, Park Wong-logo afirmou que as proibições de entrada em bares e discotecas serão mantidas até a autarquia verificar riscos de infeção significativamente reduzidos.
As autoridades sanitárias sul-coreanas verificam que o número de infeções poderá aumentar enquanto os profissionais de saúde continuam a tentar encontrar os contactos de todas as pessoas que frequentaram os clubes noturnos.
Afinal, cerca de 1.940 pessoas já identificadas estiveram em bares e discotecas de Seul no passado fim de semana. O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul (KCDC), que compila os dados de várias cidades locais, ainda não confirmou todos os números apontados pelo presidente da câmara. Porém, aponta muitas preocupações tendo em conta que “os frequentadores dos clubes possam espalhar a infeção de onde quer que morem”.
Até este sábado, 9 de maio, a Coreia do Sul tem oficializados 10.840 casos de contaminação com o novo coronavírus e 256 mortes.