Com duas estrelas Michelin, mais de 10 restaurantes em Lisboa e no Porto, vencedor do Grand Prix de l’Art de la Cuisine, prémio da Academia Internacional da Gastronomia, José Avillez pode se dar ao luxo de abrir um restaurante sem dizer nada a ninguém. Esperávamos pela abertura do Mini Bar no Porto, e de um novo espaço no Campo das Cebolas, mas o chef surpreendeu ao abrir um novo restaurante no Chiado — onde mais haveria de ser? —, a Pitaria.
Fica na mesma rua do Bairro do Avillez, na Rua Nova da Trindade, e como se percebe pelo nome é um espaço dedicado a pitas inspiradas nos sabores do Médio Oriente. “Este é um espaço que foi pensado para as pessoas do Grupo, onde todos os trabalhares se pudessem juntar. Mas também está aberto a todos”, explica à NiT Mónica Bessone, responsável pela comunicação.
No grupo José Avillez são já 500 os trabalhadores. Se for até à nova Pitaria é provável que encontre alguns dos empregados do Belcanto, do Cantinho ou do Café Lisboa. “O chef esteve aqui a almoçar ainda há pouco.” O conceito de street food foi criado em conjunto com os colaboradores. “Tivemos várias reuniões, muitos jogos de ideias e tudo ficou definido com o apoio do chef”, explica à NiT José Barroso, chef corporativo do Grupo.
A Pitaria está em soft opening desde o final de janeiro e fica no lugar da antiga Conserveira da Trindade. O espaço não é muito grande, por isso algumas das preparações são feitas na cozinha do Bairro do Avillez.
Na carta existem sete pitas diferentes e não apenas com as combinações mais simples que normalmente encontra. Tem a Grega com abacate, que junta ainda tomate, pepino, alface, azeitona preta, queijo feta, orégãos e molho de iogurte (7€), a Shoarma de Porco, com alface, tomate, coentros e picles de cebola (7,50€) ou a Falafel com Baba Ganoush, preparada também com agrião, cebola roxa e romã (7€).
Todas são abertas e recheadas à exceção da Arais, feita como se fosse uma tosta. No interior tem carne picada, queijo, chouriço de porco preto, alface, picles de nabo, cebola roxa e coentros (7,5€). Para acompanhar há batata frita com za’atar, uma mistura de especiarias tostada (1,50€), ou a batata doce, temperada só com sal e com umas raspas de limão (1,50€).
É servido sempre um molho caseiro de iogurte grego, maionese, alho e salsa, que pode colocar nas batatas ou na pita, mas também um picante feito à base de carne e molho de tomate. Aos fins de semana, a nova Pitaria está aberta até às duas da manhã, sempre com as pitas a sair e os variados cocktails, com nomes criativos.
Há a Pitarinha, uma caipirinha com kiwi (5€), o Pitajito, com rum, alecrim e hortelã (5€), ou a Pitaroska, com vodka, beterraba e lúcia-lima (5€). Na carta tem ainda sangria e dois shots que são a melhor opção para terminar: o Pitarita, uma espécie de margarita em shot (1,50€), ou o Ginjonho, com medonho, ginjinha, lichias e groselha (2€). Sem álcool há limonadas, sumo d laranja e ice tea caseiro.
O espaço foi decorado pelo mesma equipa que normalmente faz os espaços do chef. Falta chegar uma cabeça de camelo em cerâmica para tudo ficar concluído. Tem capacidade para 18 pessoas sentadas, mas com o subir da música ao longo da noite é provável que se juntem muitas mais.
A banda sonora é divertida, assim como as fardas dos empregados. Os homens têm uma touca a dizer “as pitas não me saem da cabeça”. Já as mulheres usam uma T-shirt com “sempre que quiseres (a)pita”.
Carregue na foto para saber mais sobre a nova Pitaria.