“Vai ser um ano bombástico para Portugal.” A previsão de um dos responsáveis do prestigiado Guia Michelin pôs os chefs em alvoroço. Afinal, não é todos os dias que um país duplica o número de estrelas num único ano. A confirmação oficial só irá chegar esta quarta-feira, 23 de novembro, quando a edição para a Península Ibérica for anunciada, numa cerimónia que vai ter lugar em Girona, Espanha.
Do lado de cá da fronteira, são vários os chefs que depositam todas as esperanças nesta gala, seja para chegar ao patamar máximo das três estrelas, para renovar o estatuto ou fazer a primeira aparição no Guia. Palpites não faltam, mas no que toca à gastronomia, os chefs é que sabem. E foi com a sua ajuda que a NiT tentou desenhar o mapa das estrelas, numa bolsa de apostas em que se enfrentam os chefs Ljubomir Stanisic, Rui Silvestre, Vítor Sobral e Benoît Sinthon.
Os boletins dos chefs não deixam dúvidas. Há quatro restaurantes que se destacam dos outros no que toca à probabilidade de serem premiados esta quarta-feira: três estreias — o Alma de Henrique Sá Pessoa, o Loco de Alexandre Silva e a Casa de Chá da Boa nova, de Rui Paula — e uma subida ao patamar das duas estrelas, o Feitoria de João Rodrigues.
Há mais restaurantes que, na opinião dos chefs, podem ir preparando as garrafas de champanhe. É o caso do portuense Antiqvvm, onde o chef Vítor Matos tenta repetir a proeza de conquistas uma estrela, feito que conseguiu no Largo do Paço, em Amarante. Seguem-se nas apostas para a estreia no guia o Vista, restaurante do hotel algarvio Bela Vista, liderado por João Oliveira. Na luta pela segunda, os chefs lançam também o Fortaleza do Guincho de Miguel Rocha Vieira e o São Gabriel, de Leonel Pereira.
No campo das probabilidades, há sempre espaço para uma ou outra aposta arriscada. Os chefs não se intimidam e atiram algumas projecções. Para Benoît Sinthon, a haver uma terceira estrela, esta deverá cair para o Vila Joya de Dieter Koshina ou o Ocean de Hans Neuner. Já Vítor Sobral incentiva o amigo e “campeão Zé” Avillez na conquista da tripla e antevê uma recuperação, a de Miguel Laffan e do seu L’and, cuja estrela foi perdida no ano passado.
Carregue na imagem abaixo para conhecer as apostas dos chefs.