O Osório dá as boas-vindas a todos os clientes que entram no Audaz, o novo gastropub de Campo de Ourique, em Lisboa. Não lhe entrega uma ementa, nem lhe diz nada, mas não se preocupe que não é mal encarado. O motivo é simples: é um cão de loiça vermelho, que está logo à direita assim que chega.
O Audaz é uma mistura entre restaurante e bar, daí os responsáveis o identificarem como um gastropub. Está aberto oficialmente deste segunda-feira, 17 de fevereiro, e o menu inclui uma carta com dezenas de cocktails e petiscos tradicionais portugueses reinventados, como a orelha de porco, pica pau ou carapau alimado.
Osande é o nome do grupo responsável pelo espaço que pretende expandi-lo para outras zonas da cidade. Um dos destaques do conceito é um mural que será pintado por novos artistas convidados. Para o projeto de Campo de Ourique, por exemplo, convidaram Tamara Alves, que ali desenhou uns tigres. A imagem foi depois usada para a restante parte gráfica do Audaz, como as ementas e as bases para os copos.
O espaço esteve em obras durante quatro meses. Um dos objetivos é ter uma programação musical bem pensada e que seja capaz de criar um ambiente cool, mas esta lista de temas ainda não está fechada. Finalizado só mesmo o menu, onde André Peixe foi o responsável pelos cocktails. “As bases que usamos são todas de bebidas portuguesas”, explica à NiT. Grande parte delas está expostas na parte superior do bar, que fica ao fundo do restaurante, mesmo ao lado da cozinha e que é envidraçada.
Este menu tem dezenas de opções, muitas delas de autor. É provável que se perca nas sugestões, mas pode sempre pedir alguns conselhos. Quando visitamos o espaço, provámos por exemplo o Audaz, com whisky português (Moonshine), café especial, xarope de açúcar e cerveja Guinness (10€). É uma espécie de um irish coffee.
O Rés Vés foi outra das propostas que provámos. É mais doce do que o primeiro. Junta licor de melão, gengibre, líchia, sumo de limão, clara de ovo e ginger ale (8,50€). Por outro lado, o Corralejo é preparado com uma infusão de chá na tequila e junta ainda água tónica e toranja (10€).
Os petiscos também têm uma base portuguesa. Se só olhássemos para os nomes, diríamos que podíamos estar num qualquer restaurante da cidade. O menu foi criado pelo chef Manuel Lino, que deu a sua interpretação a todas as opções aqui servidas. Entre o carapau alimado (6,50€), as gambas da costa (9€) e as moelas de galinha (8€), começámos por duas sugestões vegetarianas.
Chegou-nos a beringela assada com ovo a baixa temperatura, tomate seco e salada de ervas (7,50€) e o tártaro de beterraba assada com iogurte fumado e leite de amêndoas (9€). De seguida, o peixe: a corvina na brasa servida com um molho asiático (16€).
Todos os pratos são pensados para partilhar, como é o caso da orelha de porco, que vem logo cortada em vários pedaços. É prensada e servida com escabeche de mexilhões e um molho de francesinha (8€). Pode parecer estranho, mas acredite que vale bem a pena. Provámos ainda as tenras bochechas de vitela estufadas (17€) e que são servidas com um puré de batata doce.
Nas sobremesas existem mais interpretações de doces portugueses. Tem, por exemplo, uma versão da encharcada, aqui servida com gelado de azeite e um crocante de azeitona (5€); ou a arroz cotta, uma panna cotta de arroz doce com caramelo de canela (5€).
A cozinha encerra sempre uma hora mais cedo do que o espaço, mas é possível pedir cocktails e alguns snacks até às duas da manhã de quinta-feira a domingo, ou até à uma nos restantes dias. O objetivo é passar a abrir aos almoços dentro de algumas semanas.
Carregue na galeria para conhecer melhor o novo Audaz.